Por comício, Bolsonaro esvaziou desfile do 7 de setembro no Rio
O Brasil se preparava para uma grande comemoração pelos duzentos anos da Independência no próximo dia 7 de Setembro. Ocorreriam desfiles militares com a tradicional participação popular e com famílias inteiras aproveitando o feriado nacional para assistir aos desfiles das Três Forças. E até teríamos, neste ano em particular, a reinauguração do Museu da Independência, totalmente reformado para o bicentenário da Independência.
No entanto, toda essa aguardada comemoração foi por água abaixo. Tudo por culpa da mesquinhez de Jair Bolsonaro que criou um impasse e estragou a festa. Ele insistiu em usar o seu poder para transformar a festa cívica da Independência do Brasil num comício de sua campanha e estragou tudo.
Deu ordem para levar o desfile oficial do Rio de Janeiro, tradicionalmente realizado na Avenida Presidente Vargas, com a presença do povo, para a praia de Copacabana, onde seus fanáticos seguidores preparavam um ato com feições fascistas e antidemocráticas.
De tudo o que estava programado, só restou a reinauguração do Museu da Independência no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
A prefeitura do Rio de Janeiro não autorizou a transferência do desfile da Presidente Vargas para a avenida Atlântica, em Copacabana, por diversos motivos, entre eles o fato da avenida ser tombada e não comportar os veículos que participam do desfile militar. Bolsonaro seguiu insistindo em misturar o desfile oficial com suas milícias golpistas e seus interesses eleitoreiros.
Diante do impasse, criado pela teimosia de Bolsonaro, o Comando Militar do Leste, resolveu cancelar o desfile oficial do 7 de Setembro na Avenida Presidente Vargas e realizar um pequeno ato militar nas imediações do Forte de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Bolsonaro manteve o seu ato golpista convocado para a praia de Copacabana e acabou atrapalhando as comemorações oficiais dos duzentos anos da nossa Independência.
É a primeira vez que o desfile do 7 de Setembro é cancelado por um motivo torpe e mesquinho como este. O presidente da República querer manipular um evento oficial, pertencente à nação, para se servir eleitoralmente dele, é um fato inédito na República.
Os objetivos políticos menores de Bolsonaro foram colocados acima dos interesses da nação brasileira e de seu povo. A data maior da nossa independência foi desrespeitada pelo atual ocupante do Palácio do Planalto.
Só mesmo uma pessoa que não valoriza a independência do Brasil, como Jair Bolsonaro, para fazer uma coisa dessas. Essa tentativa de manipulação política de uma data oficial do país, é não apenas um desrespeito ao Brasil, à sua história e ao seu povo, mas também é um desrespeito às próprias Forças Armadas.
Os militares brasileiros estão intimamente vinculados a todos os grandes momentos da história do Brasil. Tentar manipulá-las desta forma, como fez Bolsonaro, é uma afronta a essa história e às glórias das FFAA.
Bolsonaro e a sua bandeira
A relação de Bolsonaro com o país é de desrespeito e de desprezo pelo seu povo. Assim que assumiu a presidência da República, foi aos EUA e, lá, numa reunião com os setores mais retrógrados daquele país, afirmou, num jantar em Washington, que não chegou à presidência do Brasil para construir nada, mas sim para destruir o que tinha sido feito até então.
De lá para cá foi só isso o que ele fez. Vendeu a Eletrobrás, maior empresa de energia da América Latina, devastou a Amazônia e entregou o seu controle para Elon Musk, um bilionário americano, e iniciou ataques contra a Petrobrás.
Em manifestações golpistas organizadas por ele e pelos seus milicianos o que se via eram bandeiras e mais bandeiras dos EUA. Quando centenas de milhares de brasileiros morriam na pandemia de Covid-19, ele dava gargalhadas e imitava pessoas morrendo por falta de ar.
Não derramou uma lágrima sequer pelos brasileiros mortos e pelas suas famílias. Pelo contrário, estimulou que as pessoas não se vacinassem e se infectassem o mais amplamente possível. Ou seja, Bolsonaro não gosta do Brasil e nem de seu povo. Por isso, ele não dá a menor importância para a data da nossa Independência e atrapalha conscientemente as comemorações, como ele acaba de fazer.
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