Uma carreata “em defesa da segurança pública” tomou as duas pistas da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (17). Policiais e profissionais de diversas áreas da segurança, representados por mais de 20 entidades que compõem a União dos Policiais do Brasil (UPB), se concentraram no Estádio Nacional Mané Garrincha antes de saírem em carreata contra a chamada PEC Emergencial do Governo Federal, aprovada pelo Congresso Nacional, que consideram uma “traição” do presidente Bolsonaro à categoria.

O texto da PEC 186 contém medidas de contenção fiscal, que incluem congelamento de salários de servidores e proibição de contratações ou concursos, caso estados e municípios tenham 95% da receita comprometida, o que significa, “congelar vencimentos e a criação de novas vagas por até 15 anos, levando ao sucateamento do serviço público e das polícias brasileiras”, como afirmam os policiais.

“Nossa bandeira não é ideológica, nossa bandeira é a polícia, a segurança pública e os nossos direitos que estão sendo atacados”, afirmou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Antônio Boudens, no carro de som, ao convocar os policiais para ocuparem as pistas.

“Quem não acordou ainda, acorde para o que está acontecendo”, conclamou.

Além da manifestação de hoje, UPB convocou atos dos servidores da segurança pública civil no dia 22 de março, das 15h às 16h, em frente a cada uma das unidades de trabalho.

A UPB reúne associações, federações e sindicatos de policiais de todo o país.