Os oito policiais envolvidos na agressão covarde a um jovem na zona norte de São Paulo foram presos, segundo anunciou por meio de nota a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
A prisão preventiva aconteceu após o pedido do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJM-SP). O juiz Marco Theodoro Pinheiro fez o pedido de prisão por considerar a “periculosidade dos agentes” e a necessidade de “manutenção dos princípios da hierarquia e disciplina” e assegurar a “aplicação da lei penal” no caso.
Eles foram encaminhados ao presídio Romão Gomes, exclusivo para agentes da corporação. “A Polícia Militar solicitou nesta segunda-feira (15) a prisão preventiva dos oito policiais envolvidos na ocorrência da madrugada do último sábado (13), na zona norte da capital. A Justiça deferiu o pedido e a Corregedoria da PM cumpriu os mandados”, diz o comunicado da SSP.
O jovem foi espancado na madrugada de sábado (13). Os PMs foram identificados pelos vídeos gravados por moradores. Os agentes pertencem ao 43º batalhão, no bairro do Jaçanã.
O governador de São Paulo João Doria garantiu, em coletiva de imprensa que os policiais serão julgados criminalmente e pela Corregedoria da corporação. “O governo de São Paulo não aceita violência policial de nenhuma espécie, sob nenhuma justificativa e nenhuma condição. Não há nenhuma condescendência do governo do Estado. Os que cometerem equívocos, falhas, erros, terão o devido julgamento, além do afastamento imediato”, afirmou, em entrevista coletiva. “Poucos não vão comprometer o comportamento de muitos”, completou.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, prometeu “apurar com o rigor que merece o fato”. Mais tarde, a secretaria informou o afastamento de 14 policiais militares envolvidos em casos de agressões durante o final de semana.