Reunião preparatória para a greve reuniu dirigentes sindicais e entidades do movimento social em SP.

As centrais sindicais, movimentos populares, entidades estudantis e sindicatos estão a todo vapor com os preparativos para a Greve Geral do dia 14 contra a reforma da Previdência de Bolsonaro.
Na terça-feira (4), uma plenária nacional de mobilização e organização liderada pelas centrais Força Sindical, CTB, CUT, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central, CGTB, CSB e UGT, reuniu cerca de 300 pessoas no Sindicato dos Químicos, em de São Paulo.
Entre os passos para intensificar a mobilização nacional para a greve, as lideranças definiram ampliar as ações que já vêm acontecendo em todo o país, como as assembleias com as categorias e panfletagem de materiais de divulgação nos locais de trabalho, portas de fábricas, escolas, universidades e também locais públicos, tanto nas capitais como nos municípios.
“Estamos a dez dias da realização da Greve Geral. É hora de jogarmos todas as forças na construção dessa mobilização a partir das bases, com a realização de assembleias, coleta do abaixo-assinado, panfletagens nos locais públicos e a organização das atividades neste dia”, afirmou a integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas e servidora estadual de Natal, Rosália Fernandes.
Em São Paulo, como em vários estados, diversas categorias profissionais já realizaram encontros e assembléias aprovando a adesão à greve, como petroleiros, trabalhadores da construção civil, metalúrgicos, motoristas de ônibus e metroviários, professores e funcionários públicos, entre outras.
Cartazes e outdoors anunciando a Greve Geral e denunciando as maldades contidas na reforma da Previdência também estão sendo colocados em várias cidades.
O secretário-geral da CGTB, Carlos Alberto Pereira, falou da importância da unidade entre as centrais e movimentos populares para o sucesso da greve e ressaltou que “tudo está preparado para essa grande mobilização”.
“A nossa unidade foi turbinada pelas manifestações em defesa da Educação, com os estudantes nas ruas, milhões de pessoas em todo o Brasil. É essa unidade que agora vai parar o país contra o assalto à aposentadoria, esse verdadeiro genocídio contra os trabalhadores que esse governo está fazendo para transferir dinheiro para os bancos e o capital financeiro. Vamos parar o país em resposta a essa política de terra arrasada contra os trabalhadores e o povo brasileiro”, afirmou Pereira.
Entre os cerca de 300 participantes da plenária, representantes de químicos, comerciários, servidores municipais e estaduais, metalúrgicos, professores, bancários, funcionários da área de saneamento, metroviários, trabalhadores do setor de vestuário, da saúde, do transporte público e jornalistas se manifestaram pela adesão à paralisação.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou que as mobilizações que estão acontecendo nos últimos dias são maiores do que as que ocorreram quando da maior greve geral já organizada pelas entidades, em 2017.
“Tenho percorrido muitos estados e percebo como a preparação está grande. Isso é resultado da unidade que temos construído desde o final do ano passado. Vivemos neste momento um retrocesso não apenas nas relações de trabalho, mas de civilização. E não teremos futuro se não for pela nossa unidade”, disse.
“Contem com a força dos estudantes porque a nossa luta é pelo futuro do nosso país, para que tenhamos de fato uma nação soberana, um país que dê esperança para a juventude e para a classe trabalhadora”, afirmou o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES/SP), Lucas Chen, reforçando o apoio dos estudantes à greve.
Além de São Paulo, plenárias unificadas para organização da greve já ocorreram em Brasília, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul e, esta semana, mais encontros irão ocorrer em diversas capitais e municípios.