A plenária ‘Vacinação para todos, já!, que aconteceu nesta quinta-feira (14), teve como coordenadora Aladilce Souza, dirigente do SindSaúde na Bahia. A ex-vereadora de Salvador iniciou o encontro falando da importância da reunião na luta a favor da vacinação. “A nossa vida está paralisada, acordamos com sofrimento. 200 mil mortes! Sem controle e sem medidas no Brasil, com um governo federal que festeja a morte. Por isso a necessidade dessa união. Precisamos manter a indignação e transformar em luta”, declara.

Um dos principais objetivos da plenária, que contou com a presença de representantes de diversos movimentos sociais, da academia e das centrais sindicais, foi discutir e mobilizar sobre a urgência da vacinação, que deve ser gratuita, para que o acesso não seja priorizado a quem pode pagar, deixando mais uma vez as minorias socioeconômicas de lado. O conselheiro nacional da saúde, Moysés Souza, informou sobre o processo das vacinas no Brasil. Conforme ele conta, a Anvisa está avaliando duas vacinas a serem utilizadas em caráter emergencial: a Astrazeneca, do Reino Unido, e a Coronavac, do Brasil.

Apesar de o Brasil poder contar com 2 milhões de doses da Astrazeneca, e 6 milhões de doses da Coronavac, Moysés alerta que isso não significa que o país terá 8 milhões de imunizados logo de início, devida a necessidade das segundas doses dessas vacinas.

Esse cenário exposto pelo conselheiro dialoga com o que o presidente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil na Bahia (CTB-BA), Pascoal Carneiro, afirmou: “essa crise é sanitária, mas também é política, porque o país está sem comando, não tem ministro da saúde. Se o Brasil não tivesse o SUS, a situação estaria pior”, avalia. Ainda na defesa do sistema unificado de saúde, Pascoal propõe: “deveríamos proibir a venda da vacina, ela tem que ser distribuída, tem que ser oferecida pelo SUS”.

Se há de um lado empresas privadas querendo lucrar com o desespero de quem pode pagar pela vacina, há também pessoas em estado de negação, que chegam a fazer manifestação antivacina. Nesse sentido, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) está atenta, pois, segundo ela, “eu tenho um projeto na Câmara para punir quem fizer campanha contra vacinação. Em tempos de ódio, de negacionismo, precisamos repavimentar socialmente o Brasil”.

A deputada federal informa também que está fazendo parte da campanha “Direito já”, em defesa da vacinação, que já conta com o apoio de Caetano Veloso e Gilberto Gil na divulgação de vídeos sobre a importância de se vacinar.

As redes sociais parecem ser realmente grandes aliadas nesse momento de pandemia, e é através delas que o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) sugere que a sociedade brasileira participe ativamente da política do país, tensionando as autoridades.

Por fim, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB-BA) deixou seu recado: “estamos diante de uma negligência. O que está acontecendo em Manaus é um grito. Não é possível mais esperar. É um governo militar que está matando o povo brasileiro. Por isso, é tempo de guerra, é tempo de luta!”.

Saiba mais em:

MANIFESTO – VACINAR NO SUS É UM DIREITO

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(BL)