Pesquisa realizada na Indonésia registra eficácia de 98% da Coronavac
A vacina CoronaVac contra a coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac – a mesma processada pelo Instituto Butantan – tem 98% de eficácia na prevenção da morte e 96% na prevenção da hospitalização, revelou um estudo com base real conduzido pelo Ministério da Saúde da Indonésia.
A pesquisa preliminar foi feita com 128.290 profissionais de saúde, vacinados entre janeiro e março deste ano, na capital, Jacarta. O exame comparou pessoas vacinadas com pessoas não vacinadas, tendo idade média de 31 anos.
“O que vimos foi uma queda muito, muito drástica nas hospitalizações e mortes de trabalhadores do setor”, comemorou o ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin. O presidente Joko Widodo foi a primeira pessoa do país a receber, em janeiro, a primeira dose.
O pesquisador-chefe e oficial de saúde, Pandji Dhewantara, a investigação revelou que o imunizante também previne a infecção sintomática em 94% do grupo.
Separadamente, dados da Associação Médica da Indonésia apontaram que a quantidade de médicos que faleceram vitimados pela Covid-19 caiu significativamente desde o começo da vacinação no país neste ano. Em janeiro, 64 médicos morreram devido à doença respiratória, a maior taxa desde o início da pandemia, número reduzido pela metade em fevereiro e que despencou para oito em março.
As revelações ocorreram depois que os testes clínicos de fase 3 da Indonésia apontaram o nível de eficácia da vacina em 65%. Ensaios na Turquia mostraram que era 91,25% eficaz, enquanto pesquisadores no Brasil apontaram sua eficácia em 50,4% na prevenção de infecções sintomáticas também nos testes clínicos.
A prioridade do país, maior economia do Sudeste Asiático, está sendo a de vacinar grupos socialmente e economicamente mais ativos primeiro. A nação viveu sua primeira recessão em mais de duas décadas no ano passado, com o governo estimando uma contração de até 2,2%.
Com mais de 270 milhões de habitantes, a Indonésia tem apenas nove milhões de pessoas vacinadas até agora, 1,72 milhão de contagiados e 47.465 mortos. O país planeja vacinar 181 milhões de pessoas até janeiro de 2022.