Peru: “Vacina e plano de recuperação”, defende candidata a presidência
A candidata presidencial pela coalizão Juntos pelo Peru (JP), Verónika Mendoza, apresentou nesta semana um plano de urgência para combater a pandemia da Covid-19, que inclui a “garantia de vacinas, oxigênio, acesso à internet e emprego digno”. “Nós não vamos deixar o país no abandono”, enfatizou.
Psicóloga, antropóloga e professora, Verónika defendeu que é preciso combater o negacionismo obscurantista, e “efetivar uma campanha de vacinação universal, gratuita, ordenada e justa”. Infelizmente, condenou, “são tão miseráveis que não lhes importa mentir e desinformar sobre a vacina, a única esperança que temos para acabar com a pandemia”. “Mentem e desinformam para fazer suas negociatas, gerar caos e pôr sua gente no poder por cima da vontade popular. Mas não vão se safar, estão caindo suas máscaras e já sabemos o que buscam. É tempo de defender a democracia, a ciência e a saúde”, acrescentou.
Verónika Mendoza reiterou que a grave crise sanitária e econômica que abala o Peru é resultado de um processo de abandono e destruição do Estado em função dos interesses de monopólios privados. “Nós não vamos tratar o nosso povo com indiferença. Vamos nos empenhar e trabalhar muito decididamente ao lado da nossa gente para poder sair juntos desta difícil crise e poder recuperar nossa pátria”, acrescentou.
A líder oposicionista destacou que, uma vez eleita, fará valer o artigo 82 da Lei Geral da Saúde – garantindo a produção e distribuição do oxigênio medicinal pelo Estado -; bem como reabrirá, já neste ano, ao menos mil postos médicos e centros de saúde, que foram criminosamente fechados desde que iniciou a crise sanitária. Da mesma forma, Verónika prometeu que a administração pública agirá com seriedade e critério, e não ao bel prazer de uns apadrinhados. “Não permitiremos que ninguém pule na frente, aproveitando de seu carguinho. Não vamos permitir que se faça negócio com a vacina”, enfatizou.
E para que todos, e principalmente os mais necessitados, possam enfrentar e superar a grave crise, a candidata oposicionista disse que irá ressuscitar o “Plano Chamba” [Trabalho decente]. Por isso, esclareceu, “entre as nossas prioridades está a implementação de bônus universais em agosto e setembro, para que as famílias possam subsistir em meio à crise sanitária”.
Do ponto de vista econômico, Verónika apontou que seu governo realizará “uma reforma tributária para rever as isenções milionárias a bancos, mineradoras, cassinos e universidades privadas”.
“Vamos combater a evasão tributária. Vamos arrecadar o que muitas grandes empresas não querem pagar, como a Telefónica, são empresas que nos devem milhões”, concluiu.