Em debate realizado nesta segunda-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados sobre a admissibilidade da proposta da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), a vice-líder da Oposição, deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), rechaçou o texto apresentado pelo governo Bolsonaro afirmando que ele é, na verdade, uma “granada no bolso do servidor”.

“Queria refrescar a memória dos nossos parlamentares. Vocês lembram daquela reunião famosa do governo, onde o presidente falava palavrões a cada segundo? Naquela reunião, o ministro Guedes dizia que já estava preparando uma granada para colocar no bolso do inimigo. Que proposta era essa? Essa PEC. E o inimigo? O servidor público”, lembrou Perpétua.

A parlamentar disse que é preciso parar com essa ideia de que a PEC da Reforma Administrativa vai atacar privilégios. “Privilégio é o presidente gastar milhões em alguns dias de férias. Isso precisamos acabar”, afirmou Perpétua. Para a deputada, o Parlamento deveria estar focado em debater ações de enfrentamento à pandemia e não uma proposta inconstitucional, que retira direitos e persegue servidores.

“Essa reforma é desastrosa. Guedes e Bolsonaro estão se especializando em perseguir o servidor público. Perseguem os médicos e os professores. Em dois dias, o Brasil deve chegar em 400 mil mortos por Covid. Era isso que deveríamos estar debatendo. Mas o governo quer debater essa reforma. Ela precisa ser retirada da pauta”, ressaltou.

 

(PL)