"O Brasil precisa de soluções definitivas para combater a fome e a miséria", diz Perpétua. Foto: Juan Ruiz

Segundo ela, sua especialidade é a propagação de mentiras sobre a doença e seu tratamento. Citou alguns exemplos:

– Não cumpriu medidas de ajuda às empresas para salvar postos de trabalho – o desemprego aflige 14 milhões de brasileiros.

– Dificultou ao máximo a aprovação e distribuição do auxílio emergencial, facilitando quem não precisa receber e deixando de pagar outros tantos que necessitam do auxílio.

– Criou dificuldades para as pesquisas relacionadas à vacina e até faz coro contra a vacinação.

– Bolsonaro nunca se solidarizou com as famílias que já enterraram mais de 150 mil pessoas.

Perpétua Almeida também comenta a proposta de lei orçamentária de Bolsonaro, que ignora as crises econômica, social e de saúde pública, e ainda corta recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Brasil precisa de soluções definitivas para combater a fome e a miséria. O governo terá que apresentar imediatamente um programa nacional que retome os empregos e recupere a renda das famílias”, diz ela.

Manter as regras do teto de gasto que inviabilizaram o país antes da pandemia, prossegue, “são medidas irresponsáveis e insustentáveis frente a miséria que se apresenta num futuro próximo”. “É preciso rever a Emenda Constitucional 95 e exigir a tributação das grandes fortunas para que os ricos desse país paguem impostos, já que ficaram mais milionários durante a pandemia”, conclui.

Rodrigo Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, segundo a Agência Brasil, que o Parlamento brasileiro não irá aprovar uma eventual proposta de prorrogação do estado de calamidade pública a fim de permitir que o governo federal gaste além do chamado “teto de gastos”, regra fiscal que limita os gastos públicos e que está em vigor desde 2017.

“Hoje, conversando com investidores, deixei bem claro que a Câmara não irá, em nenhuma hipótese, prorrogar o estado de calamidade para o ano que vem”, escreveu Maia em sua conta pessoal no Twitter, referindo-se à sua participação, poucas horas antes, em um evento digital realizado por uma empresa de assessoria de investimentos.

Decretado pelo governo federal em função da pandemia da covid-19 e aprovado pela Câmara e pelo Senado em março deste ano, o reconhecimento do estado de calamidade pública no país está previsto para vigorar até 31 de dezembro. Um dos principais aspectos do decreto é autorizar o governo federal a gastar além da meta fiscal prevista para este ano.

(PL)