Perpétua Almeida defende vacinação para profissionais de educação
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) cobrou do governo federal um cronograma de vacinação que priorize os profissionais da educação para que o retorno às aulas presenciais aconteça de forma segura. No entanto, nessa terça-feira (13/4), a Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para o Projeto de Lei 5595/20, que se for aprovado vai obrigar os professores a voltarem às salas de aulas, imediatamente, sem que estejam vacinados e sem levar em consideração a situação de alguns estados que têm alta taxa de transmissão e mortes por Covid-19. O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) é contra a proposta.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) considera que um tema dessa importância não pode ser tratado com oportunismo. “A irresponsabilidade do governo de não cuidar para que a merenda escolar chegasse para os estudantes, de não cuidar para que os estudantes de escola pública tivessem Internet, está fazendo com que o lobby das escolas particulares esteja mais forte do que a preocupação com a saúde de professores e alunos. E a saúde dos brasileiros?”, questiona.
Perpétua ressalta que se há um ano o presidente Bolsonaro não tivesse se recusado a comprar 70 milhões de doses de vacina da Pfizer, a situação atual seria bem diferente. “Teríamos hoje, com certeza, professores do Brasil inteiro vacinados, ou perto disso. Aí o governo encaminha proposta para que sejamos favoráveis à volta das aulas sem professores e alunos estarem vacinados? Assim não dá. A vida das pessoas em primeiro lugar”, afirma Perpétua.
Senadores vacinados e professores não?
A parlamentar acha o discurso do governo Bolsonaro contraditório, pois no Senado o líder do governo, Eduardo Gomes (MDB-TO), apresentou uma questão de ordem em plenário para tentar impedir a instalação da CPI da Covid até que funcionários e senadores sejam vacinados. “O governo precisa encontrar o seu discurso, pelo menos em uma defesa da vacina que caiba todo mundo. Não dá para fazer a defesa da vacina só para senadores, e não para professores”, declara.
(PL)