Os pedidos de seguro-desemprego aumentaram 1,9% em 2020, na comparação com o ano anterior, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Ao todo, foram registrados 6,784 milhões de solicitações do benefício no ano passado, contra 6,655 milhões em 2019.

Em relação aos setores da economia, Serviços – que é o ramo que mais gera empregos no País – foi o setor que registrou o maior número de requerimentos de seguro-desemprego em 2020. Ele concentrou 41% do total, com 2,779 milhões de pedidos. Em 2019, o setor concentrou 38,7% do total.

No Comércio, os pedidos pelo benefício corresponderam a 26,6% do total, seguido pela Indústria (17,1%), Construção (9,4%) e Agropecuária (4,9%).

O seguro-desemprego é pago apenas para trabalhadores do setor formal, que foram demitidos sem justa causa, sendo que o empregado pode fazer o requerimento de 7 a 120 dias após a demissão.

De acordo com o ministério, abril e maio – período mais agudo da pandemia do coronavírus – foram os meses com mais solicitações do benefício. Em abril, foram registrados 748.540 pedidos e, em maio, 960.308. Dezembro foi o menor registro de pedidos do ano: 425.691 solicitações.

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a criação de empregos formais no final de ano mostra a retomada da economia. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em novembro, o país registrou 1.532.189 contratações e 1.117.633 demissões. Os números de dezembro ainda não foram divulgados pela pasta.

No entanto, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o mês de novembro com um contingente de 14 milhões de desempregados, aumento de 2% frente a outubro, 13,8 milhões de pessoas sem ocupação, e de 38,6% desde maio, 10 milhões, segundo a PNAD Covid-19. Números do instituto apontam, ainda, que no trimestre encerrado em outubro do ano passado a taxa de desemprego do país bateu mais um recorde e ficou em 14,3%.