Wagner Gomes: exemplo de abnegação à luta dos trabalhadores e à bandeira do socialismo

A morte por infarto de Wagner Gomes, aos 64 anos de idade, ocorrida em 10 de agosto de 2021, representa uma grande perda para os/as trabalhadores/as e para o Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Sua trajetória vincula-se à história centenária dos comunistas brasileiros, que sempre contaram com lideranças do povo, abnegadas, combativas e com grande capacidade política.

Wagner Gomes insere-se nessa galeria de líderes, fortemente identificado com as causas da Nação e da classe trabalhadora. Foi muito respeitado por todas as tendências sindicais, como demonstra a nota conjunta das centrais em homenagem à sua memória.

Sua história de militante comunista inicia-se no final da década de 1970, logo após chegar à cidade de São Paulo, vindo de Araçatuba, no interior paulista. Iniciou a sua atuação nos movimentos sociais da zona Leste paulistana e, como funcionário da Telecomunicações de São Paulo (Telesp), era integrante de uma chapa sindical oposicionista.

Demitido por sua atuação sindical, ingressou à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) em 1979, iniciando também a militância no sindicalismo. Foi um dos fundadores do Sindicato dos Metroviários, no início dos anos 1980, e seu presidente em três gestões, além de ter sido uma das lideranças da Corrente Sindical Classista (CSC) desde o seu surgimento.

Nessa fase, participou com destaque de importantes lutas dos trabalhadores, como a greve geral de 21 de julho de 1983, em plena ditadura militar. Como membro da CSC, integrou a direção nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), chegando a ocupar interinamente sua presidência. Foi também um dos destacados fundadores da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em 2007, ocupando o cargo de presidente. Atualmente, era seu secretário-geral.

Wagner Gomes tinha consciência do papel de vanguarda, de liderança política, que a classe trabalhadora é destinada e desafiada a desempenhar. Incentivava seus camaradas a ocuparem espaços políticos. Ele mesmo foi indicado candidato ao Senado Federal tendo obtido, em 2002, quase 10% dos votos válidos em São Paulo, com cerca de 3 milhões e meio de votos.

Dirigente comunista destacado, querido por sua combatividade, por seu humor e sua conduta amigável, tão própria de nosso povo, era membro do Comitê Central do PCdoB desde os anos 1990.

No momento em que os comunistas realizam seu 15º Congresso, no qual um dos objetivos é o revigoramento do Partido, vinculando-o mais ao povo, à vida e à luta da classe trabalhadora, o legado de Wagner Gomes é uma fonte inspiradora. Seu nome está gravado na galeria dos que ajudaram a edificar o PCdoB, que inclina suas bandeiras de luta em memória desse importante filho do povo brasileiro e destacada liderança do proletariado.

Toda vez que um/uma trabalhador/a liderar uma greve, erguer a bandeira da CTB, central sindical à qual ele dedicou seu suor e talento; toda vez que um/uma trabalhador/a gritar “viva o socialismo, viva o PCdoB!”, o camarada Wagner Gomes estará presente, hoje, e sempre!

Brasília, 11 de agosto de 2021

Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

 

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