Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A ampla participação popular no plebiscito nacional Por um Brasil Mais Justo — sobre a redução da jornada de trabalho, a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até 5 mil e o aumento do IR para os mais ricos — tem sido um dos focos centrais da militância comunista, em especial a que atua nos movimentos sociais. 

Para intensificar esse processo de engajamento,  a Coordenação do Fórum Nacional dos Movimentos Sociais do PCdoB emitiu nota, nesta sexta-feira (30), enfatizando a importância da atividade e do desdobramento descentralizado das ações de mobilização. 

Neste sentido, chama atenção para a participação no Mutirão Nacional de Mobilização, de 6 a 8 de junho, que tem com foco ocupar as redes sociais com maior intensidade, disponibilizando materiais do plebiscito e seus temas.

“Esta fase é de enraizamento da ideia e dos preparativospara o plebiscito, com estruturação das coordenações locais (estaduais ou municipais), organização de encontros, realização de cursos de nivelamento para a militância envolvida e ampla divulgação”, destaca o comunicado.

Para isso, completa, “o mês de junho será inteiramente dedicado à mobilizaçãode rua e de redes, com objetivo de propagandear, explicar e gerar engajamento popular”. Neste sentido, poderão ser feitas atividades de diversos tipos, como panfletagens, pequenos atos, caminhadas, reuniões e entrevistas, entre outras. 

A diretiva lembra, ainda, que panfleto sobre o tema já está disponível para ser baixado, assim como já está no ar o canal criado no Whats e a página no Instagram, voltados para o público em geral.

O documento também ressalta os encaminhamentos decididos em reunião do Fórum Nacional dos Movimentos Sociais do PCdoB, no dia 23. Entre estes, destacam-se: o esforço para que as lideranças comunistas tenham protagonismo na articulação do plebiscito nos estados; a indicação imediata dos nomes de referência para compor a coordenação local do plebiscito nos estados onde o Partido e as entidades ainda não os indicaram e a intensificação do engajamento do coletivo partidário no processo.

O partido também orienta que seja aproveitado o processo de mobilização ao 16º Congresso para que sejam levadas urnas de votação para as conferências, assembleias de base e outros momentos preparatórios.

Comunicação ativa

Tendo como base reunião de comunicação realizada no dia 26 de maio, o documento também orienta que comitês e entidades nos estados e municípios “espalhem ao máximo a iniciativa do plebiscito”, desde que “respeitadas as bandeiras de luta e a identidade visual – para assegurar a unidade de ação e de imagem” em todo o país.

Considerando essa observação, as organizações participantes podem produzir panfletos, vídeos, gibis, cards; fazer transmissões ao vivo; criar páginas e blogs na internet; fazer postagens; contatar pessoas influentes na região para gravarem depoimentos e propagandearem em seus canais próprios; organizar debates e outras iniciativas que a criatividade permitir. 

Além disso, o partido orienta que haja grupos de comunicação locais para as ações necessárias à área, entre as quais a cobertura das atividades nos estados, garantindo registros (fotos, vídeos, cards) das mobilizações territoriais para divulgação e iniciativas nas redes sociais.

Por um Brasil Mais Justo

O Plebiscito Popular Nacional – Por um Brasil Mais Justo acontece entre 1º/7 e 7/9 e tem o objetivo de chamar a população para opinar sobre questões que dizem respeito diretamente à vida do povo, como forma de pressionar o Congresso para a aprovação das pautas colocadas.

Para tanto, duas perguntas serão feitas: 1) Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pelo fim da escala 6×1?; 2) Você é a favor de que quem ganhe mais de 50 mil pague mais imposto para que quem recebe até 5 mil não pague imposto de renda?

Leia também: Movimentos lançam Plebiscito sobre fim da escala 6×1 e imposto sobre fortunas

Como forma de viabilizar a participação do maior número possível de pessoas, a votação ocorrerá por meio de urnas físicas, preferencialmente com cédulas em papel, e de maneira digital, em página específica a ser divulgada. 

As votações poderão ser feitas não só na rua, mas também nas sedes de entidades, em assembleias, passeatas, atividades culturais, festas juninas, reuniões e outros ambientes com boa frequência de pessoas, em qualquer dia da semana e qualquer horário. 

Conforme calendário estabelecido até o momento, no dia 1º de julho terá início o processo de votação. Entre os dias 4 e 6 de julho, acontecerá o primeiro mutirão nacional de coleta de votos e de 25 a 27, o segundo.

Entre 29 a 31 de agosto, será realizado o terceiro mutirão e de 1º a 7 de setembro, acontece a semana nacional de coletas de votos. Ao longo desses meses, outras ações e atividades serão organizadas.

O Plebiscito Popular teve seu lançamento nacional no dia 8 de abril, em ato na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. No dia 19 de maio, a iniciativa foi oficialmente apresenta ao governo Lula, em reunião ocorrida em Brasília.

Após o lançamento geral da iniciativa, a etapa atual é de fazer o mesmo nos estados, o que já ocorreu em Pernambuco, no dia 21 de maio, e na Bahia, no dia 24. Para este dia 2 de junho, está marcado o lançamento no Rio de Janeiro. Outros estados estão com os preparativos em andamento, segundo os organizadores.

A organização é das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, compostas por partidos e entidades como o PT, PCdoB, Psol, UNE, MST, MTST, CTB, CUT, Intersindical, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento Negro Unificado, Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e Jubileu Sul.