Convocada para discutir os rumos do estado para as eleições suplementares, o Comitê Estadual do PCdoB do Tocantins, reunido neste fim de semana (24 e 25), em sua sede provisória, em Palmas, aprovou segunda resolução de 2018 em que convoca as forças partidárias para discutir uma frente ampla para disputar as eleições.

“Dotados de um programa mínimo, o PCdoB propõe a construção de uma frente que permita convergir uma candidatura que surja da união de atores e partidos aliados como o PSB, PCdoB, PT, PTB, REDE, PP, PRB, Podemos, entre outros”.

Segue abaixo a íntegra:
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL
COMISSÃO POLÍTICA ESTADUAL – TOCANTINS
RESOLUÇÃO Nº 02/2018
Eleições extraordinárias no Tocantins: Frente Ampla e a unidade em torno de um programa mínimo.
Dias de grandes incertezas e flexões perigosas podem submeter o Tocantins ao colapso de suas instituições e do desenvolvimento do Estado. A cassação do Governador Marcelo Miranda há pouco mais de 6 meses das eleições ordinárias impõe uma hercúlea responsabilidade as forças progressistas, democráticas, populares e interessadas no desenvolvimento do Estado.
Diversas candidaturas pulverizaram o período de pré-campanha, Carlos Amastha (PSB), Kátia Abreu (sem Partido), Marcelo Miranda (MDB), Marlon Reis (REDE), Paulo Mourão (PT), Ronaldo Dimas (PR), Mauro Carlesse (PHS) entre outros. A cassação de Marcelo Miranda e a consequente inelegibilidade do mesmo, fragiliza o campo ora governista e conservador capitaneado pelo MDB. Desmontada a máquina fisiológica e parasitária que sustentava Marcelo Miranda,  o comando do aparelho estatal passa ao Presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, o Deputado Estadual, Mauro Carlesse, caracterizando a ascensão imediata ao governo das históricas viúvas, netos e filhos da fracassada “União do Tocantins”. A hegemonia de uma casa parlamentar conservadora e reacionária ascende ao comando do Governo do Tocantins sem uma agenda que possa restabelecer o rumo do desenvolvimento e o fortalecimento das instituições. O Tocantins passa a ter um governo conservador que tratará de viabilizar-se como representante da política tradicional nas eleições de 2018.
A excepcionalidade de novas eleições diretas obriga a responsabilidade republicana dos atores políticos, dos movimentos sociais e das forças que compõe o mosaico político tocantinense.
Um programa mínimo capaz de aportar para o ajuste fiscal das contas do Estado, com medidas imediatas de investimento em infraestrutura, de reestabelecer a ordem da segurança pública, de fortalecer o Sistema Único de Saúde e das políticas de educação e ciência e tecnologia.
Dotados de um programa mínimo, o PCdoB propõe a construção de uma frente que permita convergir uma candidatura que surja da união de atores e partidos aliados como o PSB, PCdoB, PT, PTB, REDE, PP, PRB, PODEMOS, entre outros. A incapacidade de apresentar um novo rumo para o Estado, de consolidar uma frente ampla e um programa mínimo, poderá levar a um processo eleitoral de absurda abstenção do eleitorado, incrédulo nas alternativas pulverizadas e vazias de projeto político.
Essa frente reunirá condições concretas de Governar o Tocantins, de reconduzir o rumo do desenvolvimento econômico e das políticas públicas de saúde, educação e segurança, aglutinando condições para o enfrentamento vitorioso nas eleições de outubro de 2018.
Conclamamos para que nesta segunda-feira, dia 26 de março, as 18h, todas as forças interessadas na construção do referido programa mínimo e da frente ampla proposta se reúnam na sede do Sindicato de Enfermeiros do Tocantins (SEET) para desenhar um novo rumo para o Tocantins.
Palmas, 24 de março de 2018.