A direção nacional do PCdoB realizou reunião dos movimentos sociais nesta quarta-feira (22) com foco na unidade de amplas forças políticas e sociais e no fortalecimento das mobilizações pelo Fora Bolsonaro e em defesa da democracia e dos direitos do povo. Na pauta, uma avaliação dos atos até então realizados e a mobilização para o próximo 2 de outubro e 15 de novembro.

O encontro contou com a participação do vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino; dos secretários Nivaldo Santana (Sindical), André Tokarski (Juventude), e Liége Rocha (Movimentos Sociais); Rovilson Brito, presidente do PCdoB-SP;  Edson França, vice-presidente da Unegro, além de dirigentes estaduais do partido de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e representantes de várias entidades, tais como UNE, Ubes, UJS, CTB, ANPG, Unegro, Conam e UBM.

De acordo com a circular enviada às direções locais, o dia 7 de setembro marcou “uma inflexão no quadro político: ao mesmo tempo que o presidente radicalizou e teve que recuar, ampliou seu isolamento político, com novas forças passando ao Fora Bolsonaro”.

Esta nova situação, assinala o documento, “nos levou a participar do ato do dia 12 de setembro, que assumiu outro perfil e serviu de ponte para ampliação do movimento. Existe, assim, a possibilidade de ampliação do movimento: novas forças que podem e devem participar dos atos. E a ampliação para baixo, com maior apelo popular, pela ampliação do desgaste político, mas também impulsionado pelo agravamento da crise econômica que atinge o povo: carestia, desemprego, inflação, insegurança alimentar”.

Neste sentido, o secretário sindical Nivaldo Santana, em entrevista ao Portal PCdoB, comentou que, “a perspectiva para os atos do dia 2 de outubro é muito boa. O governo Bolsonaro vive um quadro de isolamento crescente, principalmente depois das falas golpistas do 7 de setembro, do discurso vergonhoso na ONU e da continuidade da grave crise sanitária, social e econômica do país”.   

Ampliação da oposição ao governo Bolsonaro

Em contrapartida, Nivaldo salienta como aspecto positivo deste período a ampliação da oposição.  “Grandes mobilizações já foram realizadas, a CPI da Covid desmascara a irresponsabilidade do governo no enfrentamento da pandemia. Fato importante foi a adesão de nove partidos em defesa do impeachment  — outros podem se somar, e a unidade de amplas forças políticas e sociais contra o governo, inclusive de setores econômicos. Resumo da ópera: a tese do PCdoB de frente ampla para isolar e derrotar Bolsonaro se torna vitoriosa”.

2 de outubro e 15 de novembro nas ruas

O dirigente ressalta que o PCdoB está orientando seus quadros e militantes a participarem ativamente na articulação e mobilização para os atos de 2 de outubro e 15 de novembro. Para tanto, explica, “está na ordem do dia a constituição de um comando único, parecido com a campanha das Diretas Já, que reúna partidos políticos, o fórum das centrais, frentes de luta do movimento Fora Bolsonaro, Direitos Já e atraia também organizações, personalidades, artistas e intelectuais em torno da defesa do impeachment, da democracia, contra as ameaças golpistas”.

De acordo com a orientação do partido, “é preciso agir de forma proativa na busca desses e outros segmentos e constituir comandos efetivos que contemplem a política de ampliação e que tenham flexibilidade para ouvir e levar em conta todos os setores; o PCdoB granjeou em toda a jornada grande autoridade para isso”.

Para o PCdoB, o dia 2 de outubro será o próximo teste para a constituição dessa campanha ampla. “É preciso gerar sinergia de todos os setores para que possamos realizar uma grande mobilização tendo sinais nítidos de ampliação política e de mobilização”, diz o informe.

Na avaliação de Nivaldo Santana, “a unidade ampla e as grandes mobilizações podem alterar a correlação de forças e abrir novas perspectivas para o Brasil”.

Por Priscila Lobregatte