O PCdoB do Rio de Janeiro entrou com uma denúncia no Ministério Público Estadual para apuração da responsabilidade do fechamento da UPA de Manguinhos. A unidade foi fechada no dia 5 de janeiro pela atual prefeitura do Rio.

A UPA de Manguinhos foi fechada sem prévio aviso aos moradores, deixando a comunidade desamparada e sem o devido atendimento em plena pandemia. A UPA tinha em média 400 atendimentos por dia, totalizando em um mês mais de 12 mil pessoas assistidas.

Os pacientes foram transferidos durante a madrugada, o que no mínimo é incomum. Não havia sequer um funcionário da prefeitura na porta para informar aos usuários que chegavam com demandas urgentes no local, como grávidas, crianças de colo, pessoas baleadas e até idosos com sintomas de Covid-19.

“É, no mínimo, desumano e irresponsável, deixar à mercê o cuidado à saúde da população de Manguinhos e de outros bairros vizinhos, já carente de outros serviços do poder público!”, avalia Alcimar Batista, membro do Conselho Comunitário de Manguinhos.

A região de Manguinhos tem sido muito afetada pela Covid-19 e as emergências dos equipamentos do território estão sucateadas como o Hospital Federal de Bonsucesso. Muitos moradores não têm dinheiro para se deslocarem do território e serem atendidos em outros locais. Não houve nem sequer um plano da prefeitura de encaminhamento, e suporte aos moradores que chegam na UPA buscando atendimento e a encontram fechada!

Inicialmente, a prefeitura teria fechado a UPA para obras, porém, o subprefeito Diego foi até o local e afirmou que o fechamento não era por motivos de obras, e sim pela falta de um contrato com Organização Social (OS).

“Diante deste descaso da prefeitura do Rio com a população em plena pandemia, o PCdoB resolveu apresentar denúncia ao MPE para que seja apurada a responsabilidade da atual gestão. Uma região que já é tão carente não pode abrir mão de uma unidade de saúde. É nosso papel denunciar e cobrar um resultado”, avalia o presidente do PCdoB-Rio, Rodrigo Weiz (Digão).

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(BL)