O retorno do auxílio emergencial no valor de R$600,00 tem sido uma constante luta dos deputados do PCdoB no Congresso Nacional. Nessa quarta-feira (17), os parlamentares apresentaram o Projeto de Lei (PL) 463/2021, estabelecendo a retomada do benefício no valor de R$600,00.

O auxílio emergencial beneficiou aproximadamente 70 milhões de trabalhadores informais, autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda no ano passado. Na avaliação da vice-líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida (AC), o Brasil corre o risco de ser o último país a sair da pandemia e também o último país a ver sua economia recuperada, porque o governo federal nega a existência da pandemia e não toma as providências necessárias, como adquirir novas vacinas ou equipar os hospitais.

“Com empresas fechando as portas, com o desemprego passando de 14 milhões de pessoas, com o alto custo da cesta básica e o aumento dos combustíveis, é preciso o Parlamento se agigantar mais uma vez e exigir o retorno dos R$600,00. Não aceitaremos menos que isso. A pandemia não acabou”, afirmou.

O auxílio, segundo o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), é essencial enquanto o país não superar a pandemia. “Precisamos continuar na luta pelo auxílio emergencial de R$600,00. São milhões de famílias que dependem desse recurso para sobreviver em meio à escassez e falta de oportunidades”, afirmou o parlamentar.

O texto do projeto de lei apresentado pelos parlamentares do PCdoB estabelece alguns critérios para o pagamento do auxílio emergencial, como estar inscrito no Cadastro Único para Programas Federais do Governo Federal (CadÚnico) e no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), além da limitação de duas cotas por família.

A proposta também sugere o pagamento do novo benefício até que um comitê científico estabeleça que a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus tenha permanecido abaixo de 0,90 por um período de no mínimo 60 dias. Na justificativa, os deputados argumentam que o indicador é utilizado como parâmetro para estabelecer o quanto a pandemia vem se disseminando.

“Segundo especialistas, para que a transmissão do novo coronavírus seja contida, a taxa de Rt precisa ficar abaixo de 1. Logo optamos por um valor imediatamente abaixo deste limiar para termos um parâmetro que assegure que a transmissão do vírus está efetivamente em declínio”, afirmam no documento.

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(BL)