PCdoB repudia política dos EUA de separar famílias imigrantes
Os parlamentares do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) repudiaram a política do presidente Donald Trump de separar pais e filhos imigrantes quando cruzam ilegalmente a fronteira do México com os Estados Unidos. A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, deputada estadual Manuela d’Ávila (RS), o líder do partido na Câmara, deputado Orlando Silva (SP) e a deputada Jandira Feghali (RJ), classificaram essa medida como desumana.
Em publicação nas suas redes sociais, Manuela afirmou que a comunidade internacional precisa se mobilizar com urgência. “A situação na fronteira dos Estados Unidos com o México, de separação das crianças de seus pais é chocante”.
A pré-candidata do PCdoB alertou que tem pelo menos oito crianças brasileiras no local. “Uma com autismo e outra com epilepsia. É o cúmulo do absurdo”.
“Meu repúdio a esta postura indigna de Donald Trump, que tem encarcerado crianças e jovens, separando famílias que chegam aos EUA em busca de uma vida melhor. Essas pessoas deviam ser acolhidas, abrigadas, mas longe disso, o que se vê é uma política que separa pais de filhos. É desumano, inqualificável, inacreditável”, afirmou Orlando Silva.
De acordo com dados divulgados pela imprensa, desde abril, 2,3 mil crianças já foram separadas de seus pais no Estados Unidos. As crianças não possuem camas, apenas sacos de dormir. Os mantimentos são precários, apenas com garrafas de água e sacos de salgadinhos. Além disso, as luzes ficam acesas 24 horas por dia, de acordo com relato do Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef), que pediu o fim imediato do que chamou de “abuso infantil”.
Para Jandira Feghali, as ações de Trump mostram o “retrato de um capitalismo doentio, que adoeceu a humanidade”. “São crianças separadas de seus pais. Tratadas como se não fossem seres humanos. Não é possível que o mundo não reaja a esse grau de preconceito, violência dos EUA”, denunciou.