O PCdoB do Ceará emitiu uma nota de repúdio, nesta quinta-feira (17), após o presidente Jair Bolsonaro ter sido condecorado com a Medalha do Mérito Indigenista, honraria concedida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A condecoração, assinada pelo ministro Anderson Torres, recebeu várias críticas, pois Bolsonaro frequentemente ataca questões relacionadas à causa indígena e ainda defende a exploração mineral dentro das reservas.

Segundo a nota, a “autopromoção ocorre em um momento delicado em meio a uma guerra, absurdamente utilizada pelo governo brasileiro como pretexto para liberar a mineração nos territórios indígenas “para fins de produção de fertilizantes”, o que seria um desastre socioambiental sem precedentes no país.”

Leia na íntegra: 

Nota de Repúdio

O PCdoB do Ceará repudia a grotesca condecoração do presidente Jair Bolsonaro com a medalha do mérito indigenista, concedida pelo ministro da Justiça Anderson Torres em 16/03/2022.

A autopromoção, ocorre em um momento delicado em meio a uma guerra, absurdamente utilizada pelo governo brasileiro como pretexto para liberar a mineração nos territórios indígenas “para fins de produção de fertilizantes”, o que seria um desastre socioambiental sem precedentes no país.

O governo Bolsonaro é identificado por diversos setores da sociedade, como artistas, intelectuais, ambientalistas, religiosos, ativistas em direitos humanos e principalmente pelos próprios indígenas, como genocida. Tanto, que o Tribunal Penal Internacional (TPI) protocolou recentemente uma ação impetrada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que denunciou o presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de genocídio e ecocídio.

Assim, o PCdoB do Ceará reafirma sua firme convicção na defesa dos direitos sociais e territoriais dos povos indígenas, condenando qualquer iniciativa deste governo genocida que tente mascarar seus interesses escusos, abertamente contrários à democracia, à diversidade cultural, ao meio ambiente e, portanto, à própria nação.

PCdoB Ceará