PCdoB recebe filiação de dirigente dos metalúrgicos de SP
“Me apresento aqui apenas como mais um soldado. É na guerra que eu vou me fazer, com o coração cheio de paz”, afirmou Rodrigo.
Na opinião de Rodrigo, “filhos da periferia” como ele tiveram, a partir do governo Lula (2003-2010) a oportunidade de investir na formação. “Depois que nós fomos estudar, passamos a disputar espaços e a incomodar.” O sindicalismo aproveitou o momento favorável para “ter protagonismo” e apostar na “ousadia”.
Com o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma e a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições 2018, os trabalhadores perdem direitos, e a democracia é ameaçada. “O movimento sindical sofreu um revés violento”, avalia Rodrigo. “Corremos riscos. Nossos adversários não têm ‘politicamente correto’, nem limite, nem pudor, não.”
Daí a importância, segundo o sindicalista, de tomar partido. “Me apresento aqui apenas como mais um soldado. É na guerra que eu vou me fazer, com o coração cheio de paz”, afirmou Rodrigo, que encerrou seu discurso com versos da música Sujeito de Sorte, do cantor e compositor cearense Belchior (1946-2017): “Tenho sangrado demais / Tenho chorado pra cachorro / Ano passado eu morri / Mas este ano eu não morro”.
O ato de filiação de Rodrigo, mediado por Pedro de Campos Pereira, contou com a participação do secretário nacional de Movimento Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana; do presidente municipal do PCdoB São Paulo, Wander Geraldo; do presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Oliveira, o Bira; do presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo; do presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo Annunciato, o Chicão; e do coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo.