Dirigentes nacionais do PCdoB receberam na tarde desta quinta-feira (19), na sede do Comitê Central, na capital paulista, dirigentes do PT para tratar das eleições de outubro.
Representando o PCdoB, a presidenta nacional, Luciana Santos, o vice-presidente, Walter Sorrentino, o presidente da Fundação Mauricio Grabois, Renato Rabelo e o líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (SP). Do PT, a sua presidenta senadora Gleisi Hoffman, o senador Lindbergh Farias (RJ), os deputados federais Paulo Teixeira (SP) e José Guimarães (CE), e o ex-presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli participaram da comitiva petista.

Em declaração, a presidenta do PCdoB afirmou que o PCdoB tem como centro de sua estratégia a vitória nas eleições e que a unidade do campo progressista e de esquerda é fundamental para atingir esse objetivo, por isso o diálogo.

“Para o PCdoB, o centro da nossa estratégia é vencer as eleições no Brasil pela quinta vez consecutiva. Achamos que, apesar da ofensiva da direita, é possível nós ganharmos as eleições. E para isso defendemos a unidade, uma estratégia comum”, reforçou.

Luciana Santos disse ainda que na reunião, o PCdoB reafirmou alguns compromissos programáticos e os dois partidos trataram das alianças nos estados “numa perspectiva superar os impasses e otimizar as potencialidades de competitividade” para eleger um número expressivo de parlamentares federais.

“Tanto do PCdoB como do PT, em qualquer que seja a circunstância, isso é fundamental. Seja para a governabilidade ou para fazer a luta de resistência, se for o caso”, frisou.

Sobre a pré-candidata do PCdoB à presidência da República, a presidenta do PT, senadora Gleisi reafirmou o respeito do seu partido à pré-candidatura de Manuela d’Ávila e o “papel que ela cumpre, inclusive na mobilização de setores importantes da sociedade”, como a juventude. Ao ser questionada sobre as especulações sobre uma possível aliança, tendo Manuela como vice, Gleisi disse que seria uma articulação vista com “muita simpatia”.

“Temos muita simpatia por Manuela e por esse arranjo de tê-la na vice. Obviamente que isso não é uma decisão que se toma de momento, pois depende de uma discussão no PCdoB, já que essa é uma candidatura construída nas instâncias partidárias e também nas instâncias que o PT tem internamente e com outros partidos”, frisou a senadora.

Sobre o assunto, Luciana Santos ressaltou que o debate sobre a possibilidade de Manuela ser vice “não está posto hoje” e lembrou que tem dito que o PCdoB não é obstáculo para qualquer tipo de unidade.

“Nós defendemos que o nosso campo possa caminhar junto. Não acontecendo isso, temos a candidatura de Manuela. Estabelecer convergências e caminhos comuns, entendendo que o PT tem a candidatura de Lula e o PCdoB tem a candidatura de Manuela D’Ávila, que está nesta cena procurando debater saídas para a crise”, afirmou.