A bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados pode praticamente dobrar com as eleições gerais que serão realizadas no próximo domingo (2/10). É o que aponta um levantamento da Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e Governamentais, divulgado no sábado (24) pelo site Congresso em Foco.

A principal conclusão do estudo é que a disputa à Câmara tende a ter uma taxa de renovação “inferior a 40%” – a menor desde a redemocratização. O PL (legenda do presidente Jair Bolsonaro) e a Federação Brasil da Esperança (composta por PT, PCdoB e PV) devem se consolidar como as maiores forças partidárias.

Embora trabalhe com projeções mínimas e máximas, o levantamento também tenta cravar uma tendência média. No caso do PL, estima-se uma eleição de 76 deputados federais. Já a Federação Brasil da Esperança tende a eleger 75 parlamentares à Câmara, sendo 63 do PT, nove do PCdoB e três do PV.

De estado a estado, o estudo indica as candidaturas mais competitivas de cada partido – aquelas que parecem ter chances mais claras de vitória. Segundo o levantamento, o PCdoB – que soma, hoje, oito deputados federais – pode eleger até 15 desta vez. Essa estimativa prevê, antes de tudo, a reeleição de 100% da atual bancada comunista – Alice Portugal (BA), Daniel Almeida (BA), Jandira Feghali (RJ), Márcio Jerry (MA), Orlando Silva (SP), Perpétua Almeida (AC), Professora Marcivania (AP) e Renildo Calheiros (PE).

Quatro ex-deputados do Partido – Assis Mello (RS), Inácio Arruda (CE), Vanessa Grazziotin (AM) e Wadson Ribeiro (MG) – também despontam como candidatos competitivos e podem voltar à Câmara. Vanessa e Inácio contam, ainda, com o trunfo de já terem sido senadores.

As hoje deputadas estaduais Enfermeira Rejane (RJ) e Isa Penna (SP), que são candidatas a deputada federal, aparecem igualmente com chances de eleição. A lista dos 15 nomes é completada pela vereadora de Porto Alegre Daiana Santos, que disputa uma vaga na Câmara Federal pelo PCdoB-RS.