PCdoB na Câmara repudia atos antidemocráticos convocados por Bolsonaro
As manifestações golpistas convocadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus apoiadores para esta terça-feira (7), Dia da Independência, foram rechaçadas pelos deputados e deputadas federais do PCdoB, que ressaltaram o caráter antidemocrático e inconstitucional dos atos político-eleitorais pró-Bolsonaro.
Os deputados comunistas reafirmaram a importância da defesa da democracia, da Constituição, das instituições e dos direitos da população contra as investidas autoritárias da extrema-direita.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), destacou: “7 de setembro é Dia da Independência do Brasil, uma data histórica para nosso país. Infelizmente, temos um presidente que só semeia a discórdia, a confusão e aposta em conflitos. Bolsonaro ameaça cotidianamente a liberdade, as instituições e a Constituição. Precisamos reafirmar nosso compromisso em defesa da democracia e dos direitos do povo brasileiro”. Na véspera, Renildo havia colocado: “Não aceitaremos que ele turbine manifestações em 7 de Setembro com o objetivo de atacar os poderes e as instituições”.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder da Minoria na Câmara, colocou que “a democracia e as instituições brasileiras são maiores do que Jair Messias Bolsonaro”.
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder do partido na Câmara, comentou em vídeo: “Este 7 de setembro é especial porque o presidente da República, um homem da extrema-direita, um arruaceiro, convoca o povo para o conflito. Mas nós convidamos vocês para as ruas, para a luta popular, para o Grito dos Excluídos, para a batalha pela justiça social, por democracia, pela paz. Este é o 7 de setembro que nós desejamos”.
O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), também vice-líder do partido na Câmara, salientou que o 7 de setembro “é um momento de convergência pela união do nosso país e não de semear ódio e agressão às instituições. O presidente Bolsonaro tenta transformar o 7 de setembro num ambiente de conflito”. E acrescentou: “Chega da ameaça golpista de Bolsonaro! 7 de setembro é dia de resistência, de forma pacífica lutaremos pela dignidade do povo brasileiro”.
Crise e fome
Lembrando a gravidade do atual momento vivido pelo país, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), apontou: “Neste 7 de setembro temos muitos motivos para dizer Fora Bolsonaro: a fome que se alastra pelo país; o desemprego recorde; a gasolina de R$ 7; o preço do gás de cozinha; a carne que sumiu da mesa dos brasileiros; a energia que não para de subir. Independência sem Bolsonaro!”.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também falou sobre a situação do povo, destacando: “Bolsonaristas vão às ruas celebrar a inflação de dois dígitos, o desemprego galopante e a volta da fome. O Brasil não merece esse destino”. Ele também criticou a defesa, pelos apoiadores do presidente, do retorno ao Império imperiais: “Tempos surreais! Acordamos no 7 de Setembro com a bandeira do Brasil Império hasteada num tribunal de justiça. O que mais falta? Revogarem a Lei Áurea e o voto feminino? Sugiro outra pauta aos monarquistas: acabar com o laudêmio de Petrópolis e mandar a ‘família real’ trabalhar”.
A deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB-AP), defendeu “um 7 de setembro em defesa da democracia e na luta pelos direitos da nossa população. O Brasil é maior do que aqueles que tentam usurpar nossas instituições. Só existirá patriotismo com o cumprimento da legalidade e democracia. Viva a Constituição, viva nossa nação, viva o Brasil”.
Já o deputado federal Rubens Jr. (PCdoB-MA) enfatizou: “Hoje, mais do que nunca, precisamos defender as instituições democráticas e lutar contra o negacionismo. Precisamos reagir à mentira como método de poder. O Brasil quer de volta sua independência. Hoje, mais do que nunca, precisamos livrar o Brasil do abismo. Vamos celebrar a Independência e continuar acreditando em um Brasil livre para todos!”.
Por Priscila Lobregatte
(Matéria atualizada para acréscimo de informação às 12h30)