O mundo está mergulhado em uma desaceleração econômica que poderá culminar em uma nova recessão da economia global. O FMI e o Banco Mundial anunciaram rebaixamento em suas previsões para o crescimento da economia mundial este ano. A baixa perspectiva de crescimento dos EUA, da China e dos países da Zona do Euro, além de abalarem o mundo, impactam fortemente na economia e na possibilidade de crescimento de países emergentes.

O Brasil vive um momento de extrema gravidade. Temos hoje uma economia cambaleante, que pela 11° vez no ano faz com que economistas e instituições financeiras reduzam a projeção para o nosso crescimento. Enquanto a economia mundial, desacelerada, deve crescer algo em torno de 3,5%, as perspectivas no Brasil não ultrapassam 1,2%. O desemprego no país atinge mais de 13 milhões de pessoas. A indústria está encolhendo e a cada ano tem uma menor participação no PIB. Como se não bastasse, as declarações e posicionamentos equivocados e caricatos do governo têm diminuído a confiança para os investimentos no Brasil.

O governo Bolsonaro é marcado por sucessivas crises políticas e uma total paralisia. Tenta impor uma agenda ultra conservadora contra os direitos civis, estimula a violência e prega a ignorância e o ódio. Desrespeita a liberdade de imprensa, a autonomia das universidades, a liberdade sindical, a liberdade religiosa e laicidade do Estado. É um governo sem nenhum respeito às instituições do Estado e da sociedade civil e que ataca o Estado Democrático de Direito. O Brasil voltou ao tempo em que é governado por uma família e não mais pelas instituições.

Em Minas, o quadro se repete e Zema conduz o estado para um abismo. O governo apresentou uma reforma administrativa que não enfrenta os gargalos estruturais do Estado. Precariza os serviços à população e os servidores em nome de uma economia inexpressiva pra os cofres públicos. O governo quer aderir ao plano de recuperação fiscal do governo federal e entregar nossas empresas públicas, além de cancelar concursos e novas nomeações.

Não apresenta saídas para estimular o crescimento econômico, a indústria e modernizar a nossa infraestrutura. A atividade mineral encontra-se desregulamentada, em declínio e acumulando tragédias. Enquanto isso, a experiência de Zema para seus negócios privados, não se traduz para os esforços de governar um estado com a dimensão de Minas Gerais. O governo é pura desorientação e ineficiência. O caminho da superação da crise em Minas passa pelo reparo das perdas da Lei Kandir, pela revisão dos regimes especiais de tributação, pelo combate à sonegação e pela luta contra a agenda ultraliberal do governo federal.

Diante desse quadro difícil para os mineiros, o PCdoB reafirma a necessidade de construção de uma ampla frente política e social para restabelecer o pleno Estado Democrático de Direito, o respeito à Constituição de 88 e a retomada do desenvolvimento e das conquistas sociais. As passeatas do dia 15 de maio mostraram que com unidade e amplitude é possível impor derrotas a esses governos. Nesse sentido, convocamos todos os mineiros para as manifestações do dia 30 de maio contra os cortes na educação e a greve geral do dia 14 de junho contra a reforma da previdência.

 

Nota aprovada pela Direção Estadual do PCdoB-MG