A sede do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Minas Gerais recebeu uma operação da Polícia Militar e da Polícia Federal na tarde desta sexta-feira (28), que apreendeu materiais de campanha do partido com a imagem do ex-presidente Lula. Cerca de 20 agentes estiveram na sede do partido, no bairro Floresta.

A ação acontece dois dias depois do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria de votos, liberar o uso do nome da imagem de Lula como apoiador da campanha de Fernando Haddad, candidato à Presidência da República (PT).

O voto que conduziu o resultado do julgamento foi do ministro Edson Fachin, que destacou o fato de não haver, na legislação eleitoral, nenhuma referência ou proibição ao nome de apoiadores.

Durante a revista, Kerison Lopes, secretário de Comunicação do PCdoB-MG, se pronunciou pelas redes sociais contando que a Polícia Militar estava na sua sala procurando pelos materiais. “Esperava essa cena com a possível vitória do coiso, mas antes da eleição é sinal de desespero dos adversários”, disse Kerison, fazendo referência a candidatura da extrema-direita fascista, de Jair Bolsonaro (PSL).

Logo após o episódio, a deputada federal e candidata a vice-governadora de Minas, Jô Moraes (PCdoB), lamentou o ocorrido e classificou como revoltante. Ela explicou que o PCdoB-MG acatou porque houve uma decisão judicial para que a Polícia Militar percorresse a sede do partido e apreendesse qualquer material que tivesse a imagem de Lula, número ou Lula presidente. “É de uma irresponsabilidade institucional funcional. Que sentido tem? Lula está aí, todo mundo sabe que ele não é presidente, que sentido tem você pegar algum material?”, questionou.

Na manhã desta sexta-feira, também aconteceram ações semelhantes nos diretórios municipais do PT de Minas Gerais.  Sedes de campanha na Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio, Santa Catarina e também no Piauí também receberam à polícia que apreendeu material com a imagem de Lula, esta semana.

 

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