Foto: Karla Boughoff/UJS

O Partido Comunista do Brasil divulgou nota assinada por sua Comissão Executiva Nacional e por seu Fórum dos Movimentos Sociais em analisa a conjuntura atual e exorta seus militantes que atuam no movimento social a trabalharem “pelo êxito do governo Lula na sua missão de reconstruir e transformar a nação depois da barbárie bolsonarista”.

A nota reafirma a resolução do Comitê Central de que é necessário “formular e implementar uma estratégia para fortalecer ampla e sólida base social que confira condições ao governo de realizar a disputa na sociedade. A extrema-direita sofreu derrotas nas urnas, mas possui força social e política, utiliza da violência e da guerra cultural para se enraizar e disseminar ideias e valores reacionários, racistas, misóginos e falsamente patrióticos. O maior dos erros seria subestimar a missão democrática do governo, em frente ampla, mesmo em meio às disputas com o programa progressista do governo”.

Os debates realizados pelo Fórum dos Movimentos Sociais do PCdoB indicam parâmetros para a intervenção dos comunistas nos dias atuais.

a) Defender a unidade política e de ação das Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo: com a nova realidade política do país, estão amadurecidas as condições para que estas duas frentes fortaleçam sua unidade, elaborem uma nova plataforma unitária e um plano de lutas comum que responda aos desafios do novo ciclo político do país, sempre respeitando a autonomia das organizações e movimentos;

b) Apoiar a construção dos Comitês Populares: com níveis diferenciados de articulação nos Estados, o Partido deve apoiar os novos comitês populares de luta, garantir o seu caráter unitário, autônomo e territorializado. Participar das campanhas e mutirões contra a pobreza, a fome, o desemprego e a falta de renda, moradia e terra;

c) Participar das Conferências: a Secretaria-Geral da Presidência agendou uma série de Conferências para ampliar a participação social. O Partido considera importante participar essas Conferências, do Fórum Interconselhos e outras iniciativas semelhantes. Necessário eleger os temas prioritários e estudar como a participação nesses espaços possa contribuir para nossa aproximação com o povo;

d) Fortalecer o Partido: todos esses movimentos (frentes de luta, comitês populares, conferências) precisam se articular com o processo de revigoramento partidário. Indicadores importantes para avaliar os resultados da nossa ação de massa é o número de novos filiados, construção de novos organismos de base, fortalecimento dos comitês municipais e estaduais, maior inserção social e representatividade do Partido junto ao povo. Nossa atuação nos territórios pode se apoiar em trabalhos vinculados à educação popular, advocacia popular, economia solidária, cozinhas comunitárias e outras ações que permitam um maior diálogo, politização, formação e crescimento partidário.

e) Conferências partidárias – ao lado da participação nas frentes de massa, vale resgatar a consigna de “cuidar mais e melhor do Partido”. Para isso, batalhar pela realização vitoriosa das conferências estaduais e municipais deste ano e preparar, desde já, nosso projeto eleitoral de 2024. Nossa meta é reverter a trajetória eleitoral declinante do Partido e inaugurar um ciclo de crescimento. A conjuntura favorável deve potencializar nossa atuação nesta direção.

Leia a íntegra do documento:

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