A reunião da Comissão Política Nacional (CPN) realizada nesta quinta (13) e sexta-feira (14), na capital paulista, aprovou resolução sobre o projeto eleitoral para 2020. O documento destaca que o Movimento 65 já mostra resultados com número expressivo de candidatos e candidatas às Câmaras e prefeituras municipais de grandes cidades, tendo sido “acolhido com entusiasmo pelo País afora”.

Segundo a resolução “Fortalecer o projeto eleitoral, expandir o Movimento 65”, até o momento, já foram construídas candidaturas majoritárias em 16 das 26 capitais, com forte presença no Sul, no Sudeste e no Nordeste. Além disso, nas 450 maiores cidades do País, estão sendo construídas 374 chapas próprias de vereadores e vereadoras, além de 118 pré-candidaturas às prefeituras.

A direção política conclama as direções estaduais e municipais a reforçarem ainda mais o Movimento 65 e ampliarem os esforços para que a mensagem do partido chegue ao maior número possível de pessoas e lideranças que queiram participar da vida política nacional e das cidades.

“As energias e as atenções devem estar canalizadas para as novas filiações e para o Movimento 65, para fortalecer chapas próprias e completas às câmaras municipais e as pré-candidaturas às prefeituras, cujo prazo final é o início de abril”, destacou a Comissão Política Nacional.

Leia na íntegra:

Fortalecer o projeto eleitoral, expandir o Movimento 65

Fruto do esforço de todo o PCdoB, avança a construção de um projeto eleitoral para outubro, condizente com a nova tática eleitoral do Partido e as exigências políticas do campo democrático de acumular forças, conquistar vitórias e impor derrotas ao desastroso governo Bolsonaro.

O foco dessa tática é lançar o Partido em disputa a prefeituras e formar chapas próprias e completas para câmaras municipais, no maior número possível de cidades, sobretudo nas capitais e nos maiores municípios. Para isso, o Movimento 65, acolhido com entusiasmo pelo País afora, inaugurou uma nova etapa nessa caminhada.

Alarga-se, no conjunto do Partido, a compreensão da importância de abrir as portas da legenda 65, amparada também na Plataforma Comuns, para lideranças e ativistas de todas as esferas da vida social – principalmente mulheres, jovens e trabalhadores –, a fim de renovar a representação política e recuperar os alicerces da democracia.

É sobretudo na disputa de cargos majoritários que as lideranças partidárias dialogam com a totalidade da população e propiciam visibilidade ao PCdoB, à legenda 65 – condição fundamental para o Partido conquistar percentuais mais elevados do eleitorado.

Construímos, até o momento, pré-candidaturas a prefeito e prefeita em 16 das 26 capitais, com forte presença no Sul, no Sudeste e no Nordeste. Além disso, nas 450 maiores cidades do País, estão sendo construídas 374 chapas próprias de vereadores(as), além de 118 pré-candidaturas aos governos municipais.

Isto significa que o Partido vai se credenciando para se dirigir a um eleitorado numeroso e importante, com seu programa para o País e as cidades, disputando o governo e os destinos de polos urbanos, centros da luta política e social.

Apoiada nesse esforço, a direção nacional conclama fortemente as direções estaduais e municipais, nossas lideranças e o coletivo militante a reforçarem ainda mais o Movimento 65 e, de igual modo, apoiarem a inciativa do Comuns.

Nossa movimentação e nosso diálogo devem, em ondas crescentes, abarcar amplos segmentos da sociedade. Nossa mensagem tem de chegar ao maior número possível de pessoas e lideranças que queiram participar da vida política nacional e das cidades. É uma tarefa que se realiza em meio à intensa disputa, uma vez que a totalidade dos partidos está em campo, batalhando em busca dessas lideranças.

Temos pressa, urgência, pois a data-limite de filiação para candidaturas se encerra em 3 de abril. A fase atual até lá é decisiva, quando se definem os(as) protagonistas principais dessa jornada.

São os candidatos e candidatas que levarão a mensagem de servir às pessoas do povo, priorizando a melhoria de vida dos munícipes, a democracia e o trato urbano para cidades habitáveis, civilizadas e progressistas. Eles e elas estarão numa campanha com propostas que vão ao encontro das demandas do conjunto da sociedade, com destaque para as reivindicações populares em saúde, emprego, segurança, educação, moradia, transporte, cultura, esporte e lazer.

É preciso, ainda, políticas públicas que respondam às necessidades dos moradores de rua – segmento mais vulnerável da população. E, como diz o Manifesto do Movimento 65, políticas que protejam o meio ambiente, respeitem a diversidade e promovam os direitos humanos e civis.

A eleição de outubro é, assim, uma grande jornada de luta em prol das cidades democráticas, sustentáveis e seguras. E se liga às mobilizações do povo, à batalha das ruas, ao conjunto de ações que compõem a grande luta de resistência ao arbítrio do governo Bolsonaro, pelo resgaste dos direitos sociais que foram eliminados e por um novo projeto nacional de desenvolvimento soberano.

Entre as mobilizações em curso se destaca a greve dos petroleiros em defesa da Petrobras e dos direitos da categoria, que requer reforço de amplo apoio e solidariedade. Para o próximo período, devemos atuar com todo empenho pelo êxito da agenda de lutas, entre elas o Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e a paralisação nacional em defesa da educação, do serviço público e dos direitos do funcionalismo (18 de março).

O Movimento 65, que vai se propagando pelas cidades, nasce de um gesto decidido a unir os(as) brasileiros(as) em torno desses valores, centrados(as) em uma ampla frente dos(as) democratas e progressistas. O PCdoB quer representar esse chamamento e preparar as bases para, em 2022, lançar-se mais além no intuito de construir uma candidatura presidencial própria.

Chamamos todo o Partido a redobrar os esforços nessa tarefa e nessa direção. As energias e as atenções devem estar canalizadas para as novas filiações e para o Movimento 65, para fortalecer chapas próprias e completas às câmaras municipais e as pré-candidaturas às prefeituras, cujo prazo final é o início de abril.

São Paulo, 14 de fevereiro de 2020.

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

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