Em nota, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), através de sua secretaria de Relações Internacionais, exalta, nesta segunda-feira (11), o espírito combativo e solidário do povo chileno nos 50 anos do golpe no Chile.

Em 11 de setembro de 1973, há 50 anos, o governo chileno sofreu um golpe de Estado liderado pelo chefe do exército chileno, general Augusto Pinochet com o propósito de destituir o presidente Salvador Allende, eleito democraticamente em 1970 e que realizava uma administração voltada para as reformas populares. Mas foi neste dia que os militares bombardearam o Palácio La Moneda, sede do Poder Executivo do Chile e o presidente Allende não se rendeu aos golpistas e morreu no gabinete presidencial.

O documento do PCdoB relembra que na ditadura militar que tomou o poder no Brasil em 1964, com a perseguição de inúmeros políticos, intelectuais e artistas brasileiros encontraram no Chile, sob o comando do seu presidente Salvador Allende, acolhimento. 

O PCdoB destaca, em nota, que o país vizinho acolheu “centenas de brasileiros que puderam, com o incentivo e apoio dos lutadores chilenos, desenvolver profícuo trabalho internacionalista, além de se integrar à batalha liderada pelo presidente Salvador Allende em defesa da democracia, justiça social e soberania nacional”, ressalta a nota.

Dessa forma, o PCdoB presta toda a sua homenagem à memória de Allende “e a todas as forças da Unidade Popular, com uma menção especial ao nosso irmão, Partido Comunista do Chile”.

Confira a íntegra da nota abaixo:

PCdoB exalta espírito combativo e solidário do povo chileno nos 50 anos do Golpe

Em pleno ano de 1970, quando por toda a América Latina vicejavam golpes cívicos militares arquitetados pelo imperialismo, o Chile tomava direção oposta, e com a eleição de Salvador Allende, no dia 4 de setembro, iniciava-se a experiência da Unidade Popular, que iluminou com renovada esperança os caminhos da resistência em nossa região.

Centenas de brasileiros, perseguidos pela Ditadura Militar que tomou o poder no Brasil em 1 de abril de 1964, encontraram no Chile um abrigo acolhedor e puderam, com o incentivo e apoio dos lutadores chilenos, desenvolver profícuo trabalho internacionalista, além de se integrar à batalha liderada pelo presidente Salvador Allende em defesa da democracia, justiça social e soberania nacional.

Durante todo o período até o golpe de 11 de setembro de 1973, e depois disso inclusive, o povo chileno mostrou notável capacidade de resistência, sem deixar de, ao mesmo tempo, prestar apoio ativo à América Latina.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) registra sua mais cálida homenagem aos chilenos e chilenas, à memória de Salvador Allende e a todas as forças da Unidade Popular, com uma menção especial ao nosso irmão, Partido Comunista do Chile.

Enquanto nomes como os de Augusto Pinochet mergulham cada vez mais na história com a marca indelével de criminosos, corruptos e traidores da pátria, a memória dos chilenos que tombaram, dos que resistiram e a experiência original e avançada conduzida por Salvador Allende, constituem patrimônio mundial da luta popular e, principalmente, na América Latina, nos recorda com ênfase a necessidade da unidade das forças progressistas e da integração latino-americana para que sejamos capazes de resistir e vencer.

Viva o Chile! Allende Vive!

Partido Comunista do Brasil (PCdoB)