PCdoB elege um prefeito e 19 vereadores em Minas Gerais
O presidente do PCdoB-MG, Wadson Ribeiro, avalia que os comunistas estão “mais fortalecidos” no estado após as eleições municipais de 2024. Ao todo, o Partido elegeu 19 vereadores em Minas, com destaque para a vitória de Edmar Branco em Belo Horizonte, com 9.813 votos.
Nas disputas majoritárias, dois resultados sobressaíram: a reeleição do prefeito Nivaldo do Botafogo, em Teixeiras, na Zona da Mata; e a eleição de Professor Eliacim a vice-prefeito em Alfenas, no Sul de Minas.
Nivaldo será o único prefeito do PCdoB-MG a partir de 2025. À frente da coligação “Com Esperança, Teixeiras Segue em Frente” (PCdoB, PT, PV, PP e União Brasil), ele teve 5.554 votos neste domingo (6), o equivalente a 67,43% dos votos válidos, e garantiu mais um mandato.
“Nosso objetivo foi cumprido”, afirma Wadson. “A reeleição do Nivaldo, a retomada de uma cadeira na Câmara Municipal de Belo Horizonte e o avanço do Partido nas grandes cidades mostram o êxito do nosso projeto eleitoral.”
Segundo o dirigente, o foco do PCdoB foi elevar sua presença nos oito maiores municípios mineiros – aqueles com mais de 200 mil eleitores. “Dessas oito cidades em que há segundo turno, elegemos vereadores em cinco”, ressalta Wadson.
Além de Edmar Branco na capital, foram eleitos Cido Reis em Juiz de Fora, Tiago Santana em Betim, Daniel Dias em Montes Claros e China em Uberaba. A lista pode crescer se Renata Lima, primeira suplente de vereadora em Contagem, vier a assumir uma vaga, já que a prefeita Marília (PT) foi reeleita e tende a chamar vereadores eleitos para seu secretariado.
Wadson lembra que o PCdoB elegeu vereadores igualmente em polos regionais, como Professor Idelmino em Viçosa e Lívia Macedo em Pouso Alegre. “Há, ainda, muitos candidatos nossos que tiveram ótimas votações e, mesmo sem se elegerem, se fortalecem como referências locais. É o caso da Professora Mônica Cardoso em Varginha e do Bill Soares em Muriaé”, diz o presidente do PCdoB.
De acordo com Wadson, o desempenho nas urnas neste domingo deixa o Partido em condições mais favoráveis para 2026, ano de eleições gerais. “Fomos à campanha com esse sentido estratégico – de eleger candidatos com uma fidelização maior ao Partido. Quem se filiou nesse ciclo se integrou e têm compromisso com nosso projeto para 2026”, afirma.
Embora faltem dois anos para as próximas eleições, o PCdoB já tem duas metas em perspectiva: voltar a ter um deputado federal de Minas e ampliar a bancada na Assembleia Legislativa. “Tudo isso vai depender da nossa capacidade de ter bons mandatos parlamentares e organizar os núcleos de direção. É preciso manter o diálogo com quem já votou no PCdoB em 2024”, conclui Wadson.