PCdoB aprova chapa paulista em Convenção Eleitoral, neste sábado (23)
Evento na Assembleia Legislativa de São Paulo celebrou a formalização de 15 candidaturas ao legislativo paulista e as candidaturas de Orlando Silva e Isa Penna à Câmara dos Deputados. Também aprovou a coligação para eleição de Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB)
O presidente estadual do PCdoB, Rovilson Brito, conduziu na manhã deste sábado (23), no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa, a Convenção Eleitoral Estadual do PCdoB-SP. Foi encaminhada à Federação Brasil da Esperança de São Paulo as deliberações aprovadas por unanimidade sobre o candidato a governador, a vice-governador, senador e seus suplentes, a coligação majoritária para esses cargos eletivos, além da lista de candidaturas a deputado (a) federal e deputado (a) estadual do PCdoB, com nomes e números de urna.
Com isso, o Partido aprovou posição favorável à coligação da Federação com o PSB, definindo Fernando Haddad (PT) para disputa ao governo de São Paulo com o número 13, e Márcio França (PSB) para representar São Paulo no Senado com o número 401. A partir desta convenção, também, o PCdoB-SP delegou a sua Comissão Política Estadual poderes para as decisões na coligação em nome do Partido. Também foram apresentados os nomes e números dos (as) 15 candidatos (as) que farão suas campanhas eleitorais no estado. Todas as candidaturas presentes no auditório saudaram a convenção.
Eleição histórica
A secretária nacional de Organização do PCdoB, Nádia Campeão, alertou para a necessidade de barrar a escalada golpista de Jair Bolsonaro e seus apoiadores. “Agora o foco é o TSE. Não é um questionamento à urna, mas ao voto de cada um, que está ameaçado, pois ele tem medo do voto do povo. Tem medo dos crimes que terá que pagar depois de perder a eleição”, disse.
Ela citou a recente reunião em que Bolsonaro escandalizou 50 embaixadores. “O presidente chama embaixadores para dizer que seu país não é confiável, suas instituições não são confiáveis, que não aceita outro resultado que não seja a eleição dele”.
Para ela, o golpismo de Bolsonaro se enfrenta “juntando muita gente”. Para ela, a hora, agora, não é de sutilezas, mas de “vir para o lado de cá”.
Rovilson ressaltou como o PCdoB defendeu a ideia de construção de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro, desde o início, se concretizando agora. “Muitos estranharam quando se falou na construção de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro”, lembrou.
Também recordou como o Estadão decretou prematuramente o fim do PCdoB. “A conquista das federações garantiu que os comunistas continuem na disputa política e na participação institucional”, observou.
Agora, para ele, o centro da disputa no estado é derrotar Tarcisio de Freitas (Republicanos), que ele considera cria do bolsonarismo, por mais que tente esconder o apoio de Bolsonaro. “Temos uma frente ampla que garante que possamos disputar corações e mentes em São Paulo”, enfatizou.
O dirigente paulista diz que esta eleição pode colocar São Paulo em sintonia com um projeto de reconstrução nacional. “Ano que vem será um pós-guerra, pois o que Bolsonaro fez foi desconstrução nacional em larga escala”.
Sao Paulo tem a maior classe operária, salienta Rovilson, com os maiores centros e pesquisa e universidades, mas sofrendo com violência, desemprego e falta de perspectiva para a juventude.
“Precisamos eleger dois ou mais deputados para ajudar Haddad. Vamos ter que transformar profundamente o desenvolvimento econômico desse estado”, concluiu.
O deputado federal Orlando Silva, candidato a reeleição, enviou uma saudação aos convencionais. “A tragédia brasileira produzida por Bolsonaro faz o PCdoB crescer e construir a resistência”, disse ele, referindo-se à conquista das federações na reforma política.
Para ele, esta eleição é uma experiência nova e importante para viver a partir de São Paulo. “A aliança com o PSB é uma conquista importante e nova em São Paulo”, destacou.
Para ele, com Haddad, França, Lula e Alckmin é possível ter a retomada de uma estratégia de desenvolvimento abandonada por esse atual governo. “O PCdoB não é apenas uma força eleitoral, mas revolucionário, pois segue no dia seguinte à eleição na luta para mobilizar o povo”.
Leia as deliberações aprovadas, hoje, na Convenção Estadual do PCdoB