O 9º Encontro Sindical Nacional do PCdoB teve início na manhã desta sexta-feira (16). Cerca de 450 delegados comunistas, de 23 estados, participam das atividades no Fiesta Bahia Hotel, em Salvador (BA). A mesa de abertura contou com a participação dos deputados federais Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Alice Portugal (PCdoB-BA).

“É o maior e mais representativo encontro sindical da nossa história. Esta etapa final foi precedida por 15 Encontros Estaduais, que, com debates e emendas, contribuíram muito para o documento-base”, afirmou Nivaldo Santana, secretário Sindical do PCdoB. “Precisamos debater como fortalecer o Partido, que é o que sustenta o projeto emancipador da classe trabalhadora. Sem isso, a luta sindical não se sustenta.”

Nivaldo lembrou que em 1981, na 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), o PCdoB tinha cerca de cem representantes. “Havia poucos dirigentes sindicais comunistas naquele período”, afirma. Hoje, 42 anos depois, o PCdoB tem mais de 4 mil militantes em direções de entidades sindicais.

“Cada um desses dirigentes precisa vestir a camisa do PCdoB, filiar novos militantes, ajudar na formação deles. É necessário destacar sempre um dirigente que tenha como tarefa central construir o Partido na base”, ressaltou Nivaldo.

De acordo com o secretário do PCdoB, o objetivo do 9º Encontro é debater a atuação dos comunistas na frente sindical e definir um plano de revigoramento partidário. Do ponto de vista político, é necessário consolidar a derrota da direta – em especial do bolsonarismo – e contribuir para o êxito do governo Lula e de seu programa de reconstrução nacional.

Daniel Almeida desejou que o movimento sindical, “decisivo na eleição de Lula”, continue mobilizado. “Precisamos compreender os desafios para saber a melhor forma de superá-los. Este Encontro prepara o PCdoB para isso”. Para o deputado, os trabalhadores devem lutar para melhorar a correlação de forças. “O presidente tem orientação de esquerda, mas a base do Congresso é da direita. Precisamos mobilizar nossas forças”.

Segundo Alice Portugal, é preciso garantir uma atitude assertiva dos comunistas em relação à construção nacional. “Perdemos enormes direitos e precisamos recuperá-los. Derrotamos a extrema-direita e trouxemos um trabalhador para o poder – mas elegemos Lula e um Congresso contra Lula”, resumiu. A deputada afirmou que o movimento sindical deve usar seu “mar de influência” para fortalecer o PCdoB. “É uma tarefa revolucionária a de aproximar os trabalhadores ao Partido”.

Antes das exposições iniciais, os delegados do Encontro assistiram ao vídeo “Quem É, o que Quer e pra que Serve o Partido Comunista?”, produzido pela Escola de Socialismo do PCdoB. O Encontro vai até este sábado (17), quando serão votadas as resoluções.