O Partido Comunista da Espanha (PCE) emitiu nota em que se solidariza com a vice-presidenta nacional do PCdoB, Manuela D’Ávila, e sua família. A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) denunciou, nesta segunda-feira (1), novas ameaças contra ela e sua filha, Laura, de apenas seis anos. Em print divulgado pela dirigente do Partido e ex-candidata a vice-presidenta nas eleições de 2018, um internauta xinga, faz comentários sexuais e ameaça a integridade física de seus familiares e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido espanhol exige que as instituições brasileiras atuem contra esse tipo de violência sexista e busquem responsabilizar o autor das ameaças. Na publicação feita nas redes sociais, nomes como da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) e da vereadora Erika Hilton (PSOL-SP), Sonia Guajajara, a jornalista Gabriela Prioli, a poetisa e atriz Elisa Lucinda, a apresentadora de Tv, Astrid Fontenelle, a cantora Fernanda Takai, o guitarrista Edgar Scandurra, o roqueiro João Gordo, se solidarizaram horrorizados. “Horror!!! Minha irrestrita solidariedade e q a polícia faça a parte dela!”, disse Astrid. Leia a íntegra da tradução da nota e o original em espanhol: Condenamos o ataque e as ameaças de 1º de agosto contra a vice-presidente nacional do PC do Brasil, Manuela D’Ávila, e sua família. Não é a primeira vez que a camarada Manuela recebe este tipo de ataque. Nesta ocasião, as ameaças também foram estendidas à filha e à mãe. Não é admissível que, como disse a própria Manuel, “Ser uma mulher pública no Brasil é ser ameaçada permanentemente. É escolher um lugar para o medo, outro para a coragem, outro lugar pro fingir ignorar. Ser mulher pública é conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador. Ser mulher pública é ouvir de muitos que não aguentariam nem metade que está tudo bem, que é assim mesmo. Como se fosse o preço a pagar por estar num lugar que não é o nosso, que não é pra nós. Essa é mais uma das ameaças que eu, minha filha e também minha mãe sofremos”, disse. Exigimos que as instituições do Estado brasileiro atuem contra esse tipo de violência sexista e fascista e que realizem as ações necessárias para encontrar e responsabilizar o autor das ameaças. O PCE se solidariza com Manuela D’Ávila, com sua família e com nosso partido irmão, o Partido Comunista do Brasil, e deixa claro que esse tipo de violência machista e misógina, que muitas vezes é sustentada por ações de políticos líderes brasileiros que atacam impunemente colegas como Manuela devem ser condenados sem paliativos.