Patrulha da força de ocupação norte-americana no nordeste da Síria disparou contra manifestantes em Khirbat Amo, perto de Qamishli, na província de Hasakah, na manhã de quarta-feira, matando um garoto de 14 anos e ferindo um adulto, depois que uma multidão se aglomerou junto a um posto de controle sírio para protestar contra os invasores.

Vídeos que estão circulando nas redes sociais mostram os aldeões sírios encarando os invasores, e questionando: “o que vocês estão fazendo no nosso país?”

Depois de desviar da rota, quatro blindados norte-americanos resolveram passar batidos por um posto de controle sírio na estrada, foram contidos e a população correu para barrar o caminho aos invasores. A indignação foi num crescendo, até os blindados serem apedrejados.

Porta-voz do Pentágono chamou o assassinato de um garoto desarmado de 14 anos de “legítima defesa”.

De acordo com o presidente Trump, os soldados norte-americanos estão na Síria para “tomar conta do petróleo”, “eu gosto muito de petróleo”.

Vários jovens subiram em um dos veículos e arrancaram a bandeira dos invasores – há um vídeo que está fazendo sucesso em que um cidadão sai levando, de souvenir, a bandeira de Tio Sam.

“O que nove veículos blindados estão fazendo em uma aldeia pacífica?”, perguntou Abdul Salah Bakri, morador local, em uma gravação de voz enviada em um aplicativo de mensagens, registrou a Reuters. O total de blindados aumentou porque a patrulha encalacrada chamou reforços.

A chegada de militares russo, posicionados no aeroporto de Qamishli, que escoltaram o comboio norte-americano de volta à sua base, evitou a escalada do confronto. Dois blindados dos EUA precisaram ser rebocados. Um soldado norte-americano sofreu ferimento leve.