Nove legendas na Câmara dos Deputados, entre eles, PCdoB, PT, Psol, PDT, PSB, PV, Rede, UP e Cidadania decidiram em reunião realizada nesta terça-feira (13) encaminhar um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O pedido reunirá todas as ações já apresentadas por diferentes partidos e parlamentares.

O Fórum de Partidos de Oposição contou com a participação de presidentes, porta-vozes e líderes dessas legendas na Câmara. Pelo PCdoB, participaram a presidenta nacional, Luciana Santos e o líder da sigla na Casa, deputado federal Renildo Calheiros.

Luciana Santos avaliou como positivo o encontro. “Boa a reunião entre presidentes de partidos da oposição para tratar sobre o agravamento da crise sanitária e a instalação da CPI da Covid. Neste momento complexo e delicado a atuação conjunta e responsável destes partidos pode significar muitas vidas salvas. Seguimos nesse esforço”, publicou em suas redes.

O líder do PCdoB, Renildo Calheiros valorizou a “unidade e combatividade” da reunião. Segundo ele, os representantes dos partidos estão convencidos que esse cenário de paralisia do Executivo diante da morte de mais de 350 mil brasileiros não pode continuar.

“O Brasil bate recordes no número de mortos e o presidente da República continua insensível, buscando disputas laterais, brigas, ao invés de mobilizar o país, mobilizar a nação para enfrentar a Covid e para salvar as pessoas”, salientou Renildo.

De acordo com o líder do PCdoB na Câmara, conforme o Senado que completou a exigência constitucional para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar melhor essas responsabilidades, na reunião, os líderes partidários assumiram o compromisso de completar o pedido, colhendo 171 assinaturas para que a Câmara dos Deputados também cumpra o seu papel e realize uma investigação sobre a irresponsabilidade do governo no enfrentamento da Covid. “Esses fatos precisam chegar ao conhecimento de todos”.

Com isso, diz Renildo, “é necessário que se dê ampla divulgação à negligência, o descaso e as orientações erradas feitas pelo Ministério da saúde e pelo próprio governo federal”.

Ainda sobre a reunião, o líder contou que foi decidido intensificar a “mobilização e a articulação com outras entidades representativas da sociedade, com outros movimentos, intensificar nossa participação na Tribuna da Câmara denunciando esses fatos”. Outra ação do Fórum, contou Renildo, será a elaboração de “uma nota contundente mostrando toda nossa indignação para ser entregue ao presidente da Câmara mostrando que o Brasil não aceita ser governado dessa maneira que não vamos esperar que todos morram para tomar uma atitude”.

Para o parlamentar, “é necessário agir e agir com vigor diante de um desgoverno que deixou o país entregue à própria sorte. E onde temos perdidos milhares e milhares de brasileiros em um cenário de que a crise ainda se agravar. Nós vamos à luta!”, afirmou Renildo.

O deputado sugeriu ainda que essa indignação “que há também na sociedade” seja transformada em luta. “Vamos procurar transformar tudo isso em um movimento de combate à pandemia, de combate à Covid e de combate ao governo”.

Vacinação e auxílio de R$ 600,00

Da reunião definiu-se também incluir a pressão sobre o governo federal para acelerar a vacinação de todos os brasileiros e o aumento do valor do auxílio emergencial para R$ 600,00 até o fim da pandemia. Os partidos planejam um ato nacional para divulgar a agenda de ações.