A declaração inverídica dada pelo ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga, sobre o suposto número de óbitos que estariam relacionados à vacina contra a Covid-19 gerou indignação por parte de parlamentares do PCdoB nesta terça-feira (18). Eles destacaram que o titular da pasta faltou com a verdade como forma de desencorajar a imunização do público infantil recém-iniciada.

“Ele não errou, ele mentiu, com o objetivo de desestimular os pais a vacinarem seus filhos. A vacina é segura e previne os casos graves da doença. Vacinem as crianças!”, declarou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), pelas redes sociais.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) apontou: “Como assim um ministro da Saúde cometendo um erro desses? Da onde ele tirou essas informações? Deve ter sido do mesmo lugar em que esse governo tira todas as ideias negacionistas!”. A parlamentar colocou ainda que  “não há erro, há um projeto genocida!  Vacinem as crianças! Elas são seguras e nos protegem da versão mais grave da doença!”.

Da mesma forma, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) reagiu: “Marcelo ‘Queirodes’ está conseguindo o impossível: ser mais invertebrado e vil do que Pazuello. Mentiu deliberadamente ao afirmar que existem 4 mil mortes por reação à vacina, quando são apenas 11 segundo o próprio Ministério. É uma baixaria sem precedentes”.

Nesta segunda-feira (17), o ministro Marcelo Queiroga declarou a uma rádio que haveria quatro mil mortes relacionadas ao imunizante. No entanto, conforme noticiado, boletim epidemiológico do próprio ministério, publicado no fim de novembro de 2021, apontaria onze óbitos. Ao todo, o Brasil aplicou mais de 325 milhões de vacinas em 159 milhões de pessoas.

Questionado pelo jornal Folha de S.Paulo, Queiroga reafirmou que o número seria de 3.935 óbitos e somente mais tarde, o ministro finalmente admitiu que a informação estava errada.

Por Priscila Lobregatte

Com agências