Parlamentares do PCdoB se manifestam contra privatização da Eletrobras
As parlamentares do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), Jô Moraes (MG) e Vanessa Grazziotin (AM) compareceram na audiência pública contra a privatização da Eletrobras, em Brasília, nesta quarta-feira (29). Representantes de várias regiões do país se reuniram para se posicionar contra a entrega do patrimônio brasileiro.
A privatização da Eletrobras é mais uma ação dos golpistas e trará consequências sobre o sistema elétrico brasileiro. Na ocasião, Vanessa fez uma retrospectiva lembrando o que aconteceu no Brasil, no final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. “Em 1999, eles atentaram contra o sistema energético, privatizando algumas empresas importantes”.
Na década de noventa, FHC privatizou a companhia Vale do Rio Doce, todas as empresas de telecomunicações e siderurgia, e empresas do setor elétrico. “Na região norte queriam começar a privatização contra a Hidrelétrica de Tucuruí”. Mas, a senadora lembra que devido a mobilização dos trabalhadores (as) do setor que instigaram a população a lutar, não privatizaram. “Travamos uma luta. Não permitimos a venda de Tucuruí e é exatamente isso que nós temos que fazer agora”, afirmou a comunista.
Vanessa explica que a Eletrobras vale quase 400 bilhões de reais, mas o governo golpista colocou à venda por 12 bilhões de reais.
Para a deputada Jandira, podemos impor algumas derrotas a este governo neste momento. “A Reforma da Previdência e a privatização da Eletrobras são grandes derrotas que podemos impor. Eles querem o petróleo, o sistema Eletrobras e a previdência, são exatamente nesses três focos que precisamos enfrentar”.
Jandira alerta que é preciso “olhar para o Congresso que vem”, se preocupar com a eleição presidencial, mas também é preciso ficar atento com o parlamento.
Vanessa conclui pedindo que a sociedade se mobilize e vá para as ruas lutar. “O tempo lá fora é de tempestade e chuva, para enfrentar tudo isso, não basta alguns parlamentares, é preciso da força das ruas para reverter tudo isso. A hora de defender o direto do trabalhador é agora! Fazemos isso ou vamos assistir pacificamente a entrega do nosso Brasil e a retirada dos direitos dos trabalhadores. Por isso, a única palavra de ordem é mobilização e luta, o dia 5 de dezembro está chegando. Vamos fazer a maior mobilização que esse Brasil já fez!”.
Da redação