Parlamentares criticam escalada de preço dos combustíveis
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (28) que vai elevar o preço do diesel vendido às distribuidoras. Com o reajuste, o preço médio do diesel passa de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro.
O reajuste entra em vigor nesta quarta-feira (29). Já o valor médio da gasolina comum teve nova alta na semana passada, seguindo acima da marca de R$ 6.
A escalada nos preços dos combustíveis foi criticada por parlamentares do PCdoB.
O líder do partido na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), condenou a política de preços da estatal, que acompanha os valores do mercado internacional e é influenciada também pelo câmbio.
Segundo o parlamentar, é “inaceitável” a manutenção dessa lógica injusta. “O presidente da estatal ainda reiterou que a Petrobras não irá alterar a sua política de reajustes. É no que dá manter os preços internos vinculados às oscilações dos mercados pelo mundo. Enquanto isso, gasolina, diesel e gás de cozinha só aumentam para os brasileiros.
Em mensagem no Twitter, o parlamentar lembrou frase do presidente Jair Bolsonaro um dia antes do aumento do diesel, quando ele disse em um evento que “nada não está tão ruim que não possa piorar”. Calheiros frisou: “Quem sofre com a escalada de preços é o povo”.
Na mesma linha, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também criticou a dolarização. “O governo federal é o maior acionista da Petrobras e decidiu manter a política de dolarização dos combustíveis. Pergunto: quem no Brasil recebe salário em dólar?”, questionou.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) usou o Twitter para alertar: “ATENÇÃO!!! Prepare seu bolso: amanhã, a Petrobrás vai aumentar em 9% o preço do diesel nas refinarias. Bolsonaro mandou embrulhar esse presentinho para entregar a cada caminhoneiro golpista, com carinho especial para o Zé Trovão”.
Nas suas redes sociais, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) registrou como o aumento desenfreado da carestia tem levado a consequências trágicas para as famílias.
“Ontem uma mulher de 32 anos morreu queimada ao tentar cozinhar com gás automotivo em Osasco, grande São Paulo, uma das regiões mais “ricas” do país. Desempregada e mãe solo de um bebê. Pobreza, desemprego, fome…. O impeachment de Bolsonaro é uma questão de sobrevivência”, escreveu.