O papa lamenta o "sofrimento desumano que 10 anos de conflito trouxeram a toda a população"

O papa Francisco apelou, neste domingo (14), pelo fim do conflito na Síria e pela “reconstrução do tecido social” no país. Ele pediu “um compromisso construtivo, decisivo e renovado de solidariedade por parte da comunidade internacional para que, seja possível reestabelecer o tecido social e iniciar a reconstrução e a recuperação econômica”.

O pontífice lamentou que dez anos do “sangrento conflito na Síria” geraram “um dos maiores desastres humanitários dos nossos tempos: um número indeterminado de mortos e feridos, milhões de refugiados, milhares de desaparecidos, destruição, violência de todo tipo, sofrimento desumano para toda a população, principalmente para os mais vulneráveis como as crianças, as mulheres e os idosos”.

O papa acaba de regressar de uma visita ao Iraque num percurso em que se colocou como “peregrino da paz” em favor do entendimento e da convivência pacífica e construtiva entre as etnias e credos iraquianos.

Com relação aos dez anos do conflito provocado na Síria, também se posicionou o ministro do Exterior da Rússia, Sergey Lavrov, condenou as sanções promovidas pelos Estados Unidos contra o país.

“O processo de reconstrução na Síria não é fácil porque as sanções impostas pelos Estados Unidos e estas ações não atingem somente o governo sírio, mas todo o povo”, declarou o chanceler russo.

Ele conclamou a todos os governos a combaterem “o terrorismo, os movimentos separatistas dentro do território sírio”.

Lavrov referiu-se aos encontros de Astana como uma base para a resolução da crise na Síria dentro e de acordo com as resoluções da ONU sobre o conflito.

“Chegamos a uma aproximação dos pontos de vista sobre a situação na Síria em vários aspectos e expressamos nossas visões sobre a solução política para a crise”, declarou e ressaltou ainda a importância de uma ajuda humanitária e o acesso dessa ajuda ao povo sírio e que, tanto a Rússia quanto a Síria estão dispostos a fornecer toda a assistência e apoio necessário ao trabalho do enviado especial da ONU à Síria, Geir Pedersen.