“Não posso dizer se foi provocado, mas talvez sim”, admitiu no Vaticano o papa Francisco

“Os latidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na porta da Rússia” poderiam ter levado à campanha militar contra o governo ucraniano a partir de 24 de fevereiro, avalia o papa Francisco em entrevista publicada nesta terça-feira (3) pelo jornal italiano Corriere Della Sera.

“Não posso dizer se foi provocado, mas talvez sim”, ponderou o sumo pontífice, que já havia pedido a todos uma “forma diferente de governar o mundo”, combatendo a lógica de “mais armas, mais sanções, mais alianças político-militares”, como a da Otan.

O papa Francisco também disse que solicitou uma reunião com Putin para discutir o conflito e com o intuito de superar as hostilidades e que está aguardando resposta.