Pacheco exalta as urnas eletrônicas e prega respeito à democracia
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) cobrou respeito ao processo eleitoral brasileiro e ao resultado das urnas nas eleições de outubro.
“As eleições existem para assegurar a legitimidade do poder político, pois o resultado das urnas é a resposta legítima da vontade popular. Legitimidade que deve ser reconhecida, assim que proclamado o resultado das urnas”, afirmou Pacheco nesta quarta-feira (3), na abertura dos trabalhos legislativos no segundo semestre.
Conforme a Agência Senado, o presidente do Casa também expressou sua confiança nas urnas eletrônicas e na Justiça Eleitoral.
Ele elogiou o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, e desejou sucesso ao sucessor, Alexandre de Moraes, que assume no dia 16 de agosto.
Pacheco disse que as urnas eletrônicas são “orgulho nacional” e uma evolução diante do papel impresso quando havia costumeiras fraudes nas eleições.
“As urnas eletrônicas têm sido motivo de orgulho nacional e trouxeram, nestes 26 anos de uso no Brasil, transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado das eleições. Elas têm-se constituído em ferramenta poderosa contra vícios eleitorais muito frequentes na época do voto em papel. Representam, portanto, um verdadeiro aperfeiçoamento institucional”, observou o senador.
Jair Bolsonaro ataca frequentemente o sistema eleitoral do país e as autoridades da Justiça Eleitoral. Ele já falou que, se as urnas o derrotarem, não reconhecerá o resultado e que não sairá da Presidência da República.
No dia 18 de julho, Bolsonaro convocou embaixadores de vários países para mentir contra as urnas eletrônicas, reprisar fake news contra as eleições e ofender ministros do TSE e STF.
Bolsonaro está convocando uma manifestação golpista para o dia 7 de setembro e disse que será a “ultima vez”. Chamou os ministros do STF de “surdos de capa preta” na convenção do PL, no Maracanãzinho, que oficializou sua candidatura.
Em reação, um manifesto de juristas, ex-ministros do STF, economistas, sindicalistas e artista, que já conta com mais de 700 mil assinaturas, será lido em um grande e expressivo ato pela democracia no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da USP, centro da capital paulista.
Para Pacheco, não cabe colocar em dúvida o resultado da eleição, pois os votos assinalados, tanto no primeiro turno (2 de outubro) quanto no segundo (30 de outubro) é que, como em outros pleitos, darão legitimidade ao poder de governantes e parlamentares.
Pacheco apelou aos cidadãos e autoridades públicas “no sentido da pacificação de ânimos, do cultivo da razoabilidade, da civilidade, mesmo na divergência de opiniões”.
De acordo com o senador, embora as instituições brasileiras sejam fortes, só continuarão a sê-lo se continuarem a contar com “a adesão convicta dos cidadãos”.
“Reitero o apelo de pacificação e de contenção de ânimos, e dirijo-o especialmente aos agentes do Estado e aos candidatos nas eleições que se aproximam. O que faz uma nação é um conjunto de valores e ideias que nos unem, não que nos dividem. Voltemos, portanto, a discutir ideias. Que nossos esforços sejam direcionados para buscar soluções que tragam prosperidade para o país. Que o debate político tenha o escopo de garantir dignidade para a nossa população. Que o tom eleitoral seja sério, baseado em verdades e boas propostas”, assinalou Pacheco.
Pacheco lembrou que em 2022, além de realizar eleições, o país celebra o Bicentenário da Independência e conclamou a sociedade e os políticos a aproveitarem a coincidência desses eventos para reafirmarem seu amor pelo Brasil e adotarem comportamento de alto teor cívico.
“No dia 1º de janeiro, aqui estaremos, no Congresso Nacional, a dar posse ao Presidente da República eleito pelas urnas eletrônicas do nosso país, seja qual for o eleito. É essa a afirmação da democracia e é isso que é a expressão da vontade soberana do Congresso Nacional: a afirmação da democracia, a realização das eleições, a confiança no sistema eletrônico de votação”, disse Pacheco.