Para incentivar a detecção precoce do câncer de mama – um dos tipos de cânceres mais comuns no Brasil –, o governo federal relançou, neste mês, a campanha Outubro Rosa. De acordo com números oficiais, o número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caiu neste ano, em comparação com os anos anteriores.

 

O número de mamografias realizadas até julho de 2020 foi de 1,1 milhão, contra 2,1 milhões nos mesmos períodos de 2018 e 2019. Segundo o Ministério da Saúde, a pandemia de Covid-19 foi o fator principal para a diminuição da procura pelo serviço, ainda que as unidades de saúde tenham mantido o atendimento e a oferta de tratamento às pacientes.

 

Mesmo com a pandemia, o Ministério da Saúde destaca que, em 75,54% dos atendimentos realizados neste ano, o tempo de até 60 dias entre o diagnóstico e o tratamento em todos os estágios do câncer de mama no SUS foi respeitado, conforme preconiza a Lei nº 12.732, de 2012. Em 2019, esse índice ficou em 57,32%.

 

Com o slogan Cuidado com as Mamas, Carinho com seu Corpo, a campanha do Outubro Rosa de 2020 busca conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. No âmbito do SUS, o controle passa pelo diagnóstico precoce na Atenção Primária à Saúde e pelo rastreio mamográfico.

 

A recomendação é que mulheres sem sintomas ou sinais de doença com idade entre 50 a 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. Ao ser atendida na Unidade Básica de Saúde, independentemente do motivo da procura, toda mulher nessa faixa etária deve ser abordada para a realização do exame.

 

De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, o Brasil terá em 2020 mais de 66,2 mil novos casos de câncer de mama, que podem evoluir de diferentes formas. Por isso, a campanha alerta que para que as mulheres fiquem atentas ao próprio corpo.

 

Com informações da Agência Brasil