Otan entrega armas antitanque a neonazistas na Ucrânia
A Otan está treinando e enviando armas antitanque para pelo menos um regimento do Batalhão de Azov, grupo neonazista ucraniano que faz parte das Forças armadas do país desde o golpe de 2014.
Segundo o Nexta, jornal sediado na Polônia, “o regimento Azov foi o primeiro a aprender sobre o armamento”.
“Um envio de lançadores de granada NLAW e instrutores de países da Otan chegaram em Kharkov”, continuou o jornal.
As fotografias mostram pelo menos dois enviados da Otan, que tiveram seus rostos cobertos, treinando o grupo neonazista para utilizar os mísseis antitanque NLAW, também entregues por países dessa Organização.
À direita e à esqueda é possível confirmar a presença de elementos do Batalhão Azov, porque alguns dos militares ostentam o brasão do grupo, idêntico ao utilizado pela 2ª Divisão Panzer Das Reich, organização militar da Alemanha nazista.
O Batalhão Azov é o mais notório dos grupos paramilitares e nazistas que circulavam livremente pela Ucrânia.
Em 2014, ano em que o presidente eleito foi deposto por um golpe de estado, o grupo neonazista foi incorporado à Guarda Nacional ucraniana, passando a fazer parte oficialmente das Forças Armadas do país.
O Batalhão Azov foi orientado pelo governo ucraniano a agir nas regiões das repúblicas rebeldes de Donetsk e Lugansk, onde cometeram torturas e assassinatos, e perseguiram a população de fala russa e, em especial, os combantes antifascistas que se levantaram contra o golpe que estabeleceu um regime antidemocrático apoiados nos bandos nazistas.
A milícia conta com armas, morteiros e até tanques de guerra fornecidos pelo Exército ucraniano. Em vídeos que o próprio Batalhão Azov produz e distribui na internet, seus membros fazem saudações nazistas.
A desnazificação da Ucrânia foi um dos objetivos anunciados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, para a operação especial no país vizinho. Outro é evitar a expansão da Otan, aliança militar encabeçada pelos Estados Unidos para próximo de sua fronteira.
Depois do golpe de 2014, a Ucrânia colocou em sua Constituição que o presidente deve buscar inserir o país na Otan.