A notícia da greve dos professores das escolas privadas foi a terceira mais lida ontem na página no jornal O Tempo. Com o título “Professores de escolas particulares de BH entram em greve na segunda-feira (6)”, o texto tem como ilustração a foto divulgada pelo Sinpro Minas do momento em que a assembleia vota pela paralisação.

A reportagem, simpática à greve, inclui o ótimo depoimento de uma mãe de aluno, a servidora pública Maria Antonieta Fernandes: “A gente tem acompanhado a questão do reajuste que eles pedem. Ano passado não teve, esse ano não teve novamente. Parece que eles estão pedindo pelo menos o reajuste da inflação, e as escolas nem isso querem dar. Sem professor bem-remunerado não há professor motivado. Se há motivação, há educação de qualidade. É dever dos pais apoiar a greve”.

Por uma boa coincidência, no site do Estado de Minas, a greve também foi a terceira matéria mais lida no dia. Sob a manchete “Professores da rede privada decidem entrar em greve por tempo indeterminado”, a foto destaca a participação da “vereadora e professora” Duda Salabert.

A presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato, é citada nos dois textos de forma muito similar, com a denúncia do arrocho salarial que o Sinepe tenta impor à categoria.

* No Estado de Minas: “A presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Valéria Morato, disse que a categoria tenta recuperar perdas altas nos salários dos últimos anos: ‘A greve não diz (sic) respeito primeiramente a nenhum direito a menos. O sindicato patronal insiste em retirar direitos dos professores e professoras do setor privado. Além disso, demonstra desvalorização no modo como trata os professores quando oferece 5% para educação básica, e 4% pro ensino superior, sendo que o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] de 2022 é 11,73%’, argumentou. Ela acrescentou também que o valor do reajuste proposto não recompõe nem a metade do INPC de 2022.”

* No O Tempo: “A diretora do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), Valéria Morato, afirma que a entidade patronal, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) ‘se recusa a negociar a pauta’. ‘Isso demonstra a desvalorização de professores e professoras quando [o Sinepe-MG] oferece 5% de reajuste para a educação básica e 4% para o ensino superior, sendo que somente o INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] de 2022 é 11,73%. O que recebemos não recompõe nem a metade desse valor’, argumenta.”