Numa série de postagens nas redes sociais feitas nesta segunda-feira (17), o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) comentou o desempenho de Bolsonaro no cenário eleitoral que se desenha nas pesquisas; o comportamento do presidente e de seu governo; as principais lutas da oposição nesta semana e a batalha da CPI da Covid. “Tudo indica que teremos mais uma semana de fritura do governo”, avaliou.

“Peixe morre pela boca. Nesse final de semana, involuntariamente, Bolsonaro admitiu perder as eleições de 2022. A fixação no voto impresso é para arrumar a desculpa para a derrota e tentar alguma loucura, contra a qual devemos estar preparados e mobilizados”, alertou o deputado.

Encurralado pela CPI e as pesquisas de opinião, analisou Orlando, “Bolsonaro entra em desespero e tende a ampliar suas bravatas golpistas. O presidente é um leão banguela. A ameaça feita no palanque não se sustenta em poder real. Isolado e morto de medo, grita em pregação aos convertidos”.

O problema, disse Orlando, “é que seu governo é uma ruína, o que transformou seu ‘piso’ eleitoral em teto. Bolsonaro não desce de 25% nas pesquisas, mas também não amplia nada no segundo turno. Cristalizou uma rejeição do tamanho do Everest, o que lhe confere a posição de candidato a ser derrotado”.

Com relação à pauta da Câmara dos Deputados, Orlando apontou: “será mais uma semana de resistência para evitar temas como Reforma Administrativa (PEC 32), privatização da Eletrobras e outros retrocessos. É tempo de resistir, reduzir danos, construir a derrota de Bolsonaro e trabalhar a reconstrução do país. Vamos à luta!”.

Com relação ao depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na CPI da Covid, marcado para esta quarta-feira (19), o deputado colocou: “Pazuello obteve o direito de ficar calado, mas nem por isso será um passeio de domingo sua oitiva na CPI. Ele assumiu o Ministério da Saúde com 15 mil mortes e entregou com quase 300 mil. É um escândalo, combustível para que os senadores o triturem. Vai segurar o rojão?”.

Orlando acrescentou que Pazuello “poderá ser questionado e não poderá mentir sobre terceiros, Jair Bolsonaro incluso. Muita coisa interessante pode sair. Quem aconselhava o presidente? Ele falou sobre imunidade de rebanho? Por que desautorizou o acordo com o Butantan? Quem pedia “pixulé”? E Wajngarten?”.

 

 

Por Priscila Lobregatte