Candidato do PCdoB à Prefeitura de São Paulo, Orlando Silva avalia que um dos desafios do eleitor paulistano é garantir a derrota do projeto bolsonarista na cidade. Nesta sexta-feira (10), ele foi o convidado da série “Brasil de Fato Entrevista – Especial Eleições”, que recebe os concorrentes a prefeito da capital paulista.

“Jair Bolsonaro representa uma visão reacionária de sociedade, valores arcaicos, que eu imaginei que o Brasil já tinha até superado”, diz Orlando. “É por isso que me afirmo como candidatura anti-Bolsonaro – e afirmo que temos de acumular força para derrotar esse projeto nefasto para o nosso país”, agrega.

Em São Paulo, o bolsonarismo tem como principal representante o jornalista e deputado federal Celso Russomanno (Repúblicanos), que lidera as pesquisas e têm o apoio aberto do presidente de extrema-direita. Sobre as promessas de campanha de Russomanno com base no apoio federal, Silva ressalta que “o Brasil não é uma republiqueta”.

“ O presidente da República é um agente público, tem responsabilidades, não tem de ficar negociando com aliado político para repassar dinheiro. Russomanno vai cair do cavalo se imaginar que o dinheiro público é a rachadinha que a família Bolsonaro utiliza ou é o dinheiro que o Fabrício Queiroz administra”, diz o deputado do PCdoB.

Um dos três candidatos negros na disputa em São Paulo, Orlando diz que é preciso “enfrentar a sub-representação dos negros e negras na política brasileira”. Para isso, defende  um programa de caráter antirracista para a capital paulista: “Vou lutar para que São Paulo seja uma cidade livre do racismo. Isso, inclusive, vai agregar valor à cidade.”

Ente suas propostas para enfrentar essa realidade, está a criação de uma Defensoria Municipal para tratar de direitos humanos, com a atribuição, segundo Orlando, “de apurar todos os crimes de racismo e todos os processos que envolvem auto de resistência – que é uma forma de ocultar a violência policial, que na maioria se dá contra jovens negros”.

Com informações do Brasil de Fato