O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou na terça-feira (17) que a Corte pretende trazer ao Brasil mais de 100 observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022.

A mobilização da comunidade internacional foi avaliada pelo deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) como “decisiva” para rechaçar “aventuras” no país.

“É fundamental a decisão do ministro Edson Fachin de mobilizar observadores internacionais para as eleições. Nosso sistema é paradigma mundial de eleições livres e seguras. Não devemos naturalizar o golpismo. Mobilizar a comunidade internacional é decisivo para rechaçar aventuras”, destacou o parlamentar.

De acordo com o presidente do TSE foram convidados a acompanhar as eleições no Brasil: Organização dos Estados Americanos (OEA); Parlamento do Mercosul; Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore); Centro Carter; Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes); Rede Mundial de Justiça Eleitoral.

O tribunal também negociava a participação de observadores da União Europeia quando sofreu pressões do governo Bolsonaro para impedir o avanço do convite. A pressão feita por Bolsonaro – que também continua atacando a segurança das urnas eletrônicas – fez com que o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, alegasse “objeções” para não apoiar um convite oficial do TSE à UE.

No entanto, Fachin anunciou a criação de uma rede para trazer observadores internacionais ao Brasil. De acordo com ele, o objetivo da rede é “garantir a vinda ao Brasil, antes e durante as eleições, não apenas dos organismos que já mencionamos, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse em acompanhar de perto o processo eleitoral brasileiro de outubro próximo.”

Por Christiane Peres

 

(PL)