Orlando: “Bolsonaro se lascou, teve de recuar de privatizar o SUS”
O deputado Orlando Silva (PCdoB), candidato a prefeito de São Paulo, comemorou nesta quarta-feira (28), em sua rede social, o recuo de Bolsonaro na tentativa de privatizar o SUS (Sistema Único de Saúde). “Bolsonaro tentou privatizar o SUS e se lascou, teve que recuar”, disse o deputado.
Mais cedo, o candidato do PCdoB a prefeito de São Paulo, já havia alertado que “o SUS é uma conquista civilizatória do Brasil, responsável direto por salvar milhões de vidas”. “Chega a ser inacreditável que, mesmo com a pandemia, Bolsonaro planeje privatizá-lo. Tire as mãos do SUS, Bolsonaro Genocida!”, advertiu Orlando.
Agora, ele pergunta: “Será que a marionete do bolsonarismo, o pastel de vento, Celso Russomanno é a favor de acabar com o SUS também?”
Nos últimos dias, depois de começar a desabar nas pesquisas eleitorais, Russomanno vem tentando se distanciar de Bolsonaro. Ele até sumiu com o presidente de seus programas de TV.
Diante do protesto geral contra o decreto 10.350, publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última terça-feira, assinado por Bolsonaro e Paulo Guedes, que autorizava o Ministério da Economia a realizar estudos sobre a inclusão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dentro do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI), o governo anunciou a sua revogação nesta quarta-feira (28).
A revogação foi publicada em uma edição extra do “Diário Oficial da União”. Antes, Bolsonaro anunciou a decisão em uma rede social. “Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal”, tentou explicar Bolsonaro.
“O espírito do Decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União”, prosseguiu.
Meia hora depois, Bolsonaro editou a publicação e adicionou mais um trecho, em que fala de uma possível reedição do decreto. “A simples leitura do Decreto em momento algum sinalizava para a privatização do SUS. Em havendo entendimento futuro dos benefícios propostos pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado”, ameaçou.