24 milhões de chineses, do grupo mais vulnerável, já foram vacinados

A Administração Nacional de Produtos Médicos da China, órgão equivalente à Anvisa, autorizou o uso generalizado para a Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, que agora poderá ser aplicada em toda a população do país, informaram autoridades no sábado (6).

A aprovação chega à segunda vacina de produção nacional a ser liberada para uso geral no país, depois de um imunizante desenvolvido pela empresa Sinopharm já haver recebido o registro em dezembro.

A Sinovac assinalou que é capaz de produzir mais de 1 bilhão de doses por ano na forma de ingrediente a granel até fevereiro.

A Coronavac já vinha sendo aplicada desde julho de 2020 em território chinês, em conjunto com os imunizantes da CanSino e da Sinopharm, mas estava, até agora, limitada aos grupos mais vulneráveis ao coronavírus, ou seja, em caráter emergencial. Na quinta-feira (04), o país oriental já tinha vacinado 24 milhões de pessoas. Com a nova aprovação, toda a população deverá agora ter acesso à vacina.

Os dados completos dos ensaios clínicos de fase 3 deverão ser publicados em breve em uma revista científica, disse um porta-voz do laboratório.

A aprovação concedida pela agência de medicamentos chinesa foi baseada na ampla aplicação da vacina e testes clínicos em quatro países: Brasil, Turquia, Indonésia e Chile. Esta decisão de realizar os testes fora da China se deve ao fato de que o vírus teve uma propagação muito controlada no país e a exposição dos voluntários seria muito pequena para servir de parâmetro em termos de segurança da capacidade imunológica dos produtos.

Para se ter uma ideia desse controle, os dados da Universidade Johns Hopkins mostram que, na China (com 1,4 bilhão de habitantes) registrou 100.337 casos de contaminação e 4.822 mortes pela Covid-19, enquanto que os Estados Unidos (com população de 340 milhões de habitantes) registrou 26.853.763 casos e 460.672 mortos.