Abbas, presidente palestino, fala à Assembleia Geral da ONU, em sessão virtual de setembro

Por vasta maioria o terceiro comitê da Assembleia Geral da ONU – que lida com Direitos Humanos e Questões Humanitárias – aprovou a proposta de resolução reconhecendo o “direito do povo palestino à autodeterminação, incluindo o direito a seu Estado da Palestina independente”.

Israel e sua política de ocupação e assalto a terras palestinas ficaram, mais uma vez, em isolamento entre as nações do mundo pois 163 votaram pela resolução com o voto contrário apenas dos Estados Unidos, Micronésia, Ilhas Marshal e Nauru.

Houve dez abstenções, Austrália, Camarões, Guatemala, Honduras, Kiribati, Palau, Papua Nova Guiné, Ruanda, Togo e Tonga.

 

Em um aprofundamento do isolamento israelense, o Canadá, que no ano passado, votou com Israel contra a resolução, mudou a posição para apoiar o imediato estabelecimento do Estado da Palestina.

Ao votar, o representante canadense Rob Rae declarou o apoio do seu país ao “direito do povo palestino à autodeterminação, incluindo o direito a seu Estado independente”. Nas conversas nos corredores da ONU, Rae justificou a mudança de posição de seu país como resposta à visita de Mike Pompeo, secretário de Estado do governo do pato manco Trump, a assentamentos judaicos em terras tomadas aos palestinos. Segundo Rae, essa visita contraria até mesmo os conceitos adotados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos que considera ilegais os assentamentos.

O ministro do Exterior da Palestina, Riyad al-Maliki, saudou a decisão que considerou “uma resposta natural da comunidade internacional às violações da ocupação israelense, assim como uma resposta ao secretário de Estado Mike Pompeo e sua visita aos assentamentos coloniais israelenses”.

A resolução também “enfatizou a urgência de se alcançar sem postergações um fim à ocupação israelense que começou em 1967 e um acordo justo, duradouro e abrangente entre as partes, Israel e Palestina, baseado na solução dos Dois Estados”.

A resolução é também um gesto simbólico, pois a ONU vota neste sentido todos os anos, dias antes do 29 de novembro devido a que, nesta data, em 1947, o plano de partilha da Palestina foi aprovado. Além desta resolução, a ONU também aprovou declaração de que os assentamentos nas terras palestinas ocupadas após 1967 não são parte de Israeldestaques –