Olgamir Amancia, candidata a vice-governadora no DF, aposta em virada na eleição
Aspirante à vice-governadora na chapa do candidato da Federação Brasil da Esperança (Fe Brasil), Leandro Grass, Olgamir Amancia (PCdoB) aposta em uma virada na eleição para o Governo do Distrito Federal. Em entrevista concedida nesta terça-feira (30) ao jornal Correio Braziliense, ela afirmou que Grass tem condições de vencer o pleito principalmente em virtude do apoio de Lula (PT), que concorre à Presidência da República.
Além disso, Olgamir destacou a importância do investimento no ensino e aprendizagem e enfatizou o olhar atento para o crescimento da violência contra a mulher na capital do país. Formada por dois professores, a chapa de Grass e Amancia tem a educação como um dos focos caso vença o pleito de outubro.
Confira a íntegra da entrevista abaixo.
CB – Qual vai ser o seu papel em um eventual governo de Leandro Grass?
OA – Compreendemos que a gestão pública deve ser algo compartilhado. Portanto, o papel da vice-governadora é de estar caminhando junto, no sentido de construção e de fazer valer o nosso programa. Temos um projeto que foi construído coletivamente, no qual estamos nos comprometendo com a população. O meu papel será o de acompanhar o Leandro e fazer com que esse programa se cumpra. Esse papel não é decorativo. Nos colocamos para isso, construir coletivamente a gestão.
Qual vai ser a área em que a senhora vai atuar mais: defesa da questão feminina ou educação? Quais as propostas?
No programa que estamos apresentando ao governo do Distrito Federal (GDF) a educação está na centralidade. O Leandro é professor, e eu também. É um programa que tem dois educadores, e compreendem que qualquer política que possamos traçar, tendo a educação numa perspectiva estratégica, pode fazer avançar a vida no DF. Seja a política do emprego, ou a política em relação ao transporte, a política de educação propriamente dita, a política econômica, todas elas precisam ser atravessadas pela questão da educação. A educação é a base. É fundamental para que possamos ter uma qualificação maior dos nossos profissionais. Para que possamos enfrentar, por exemplo, a violência contra a mulher. Assegurar que as mulheres e as crianças tenham melhores condições de vida.
A senhora teve uma experiência na Secretaria da Mulher. Como vê a atuação hoje? O que precisa mudar? O que foi desfeito ou que deva ter mais empenho?
Houve um esvaziamento de boa parte das políticas que foram implementadas a partir de 2011. Os espaços, os Centros de Atendimento às Mulheres, precisam ter equipes multiprofissionais. (…) Pessoas que possam acolher com qualidade. Porque estamos falando de uma situação de fragilidade que não pode ser tratada de qualquer maneira. Temos hoje, nos centros, a ausência de muitas equipes, porque elas estão desfalcadas, não estão completas. Outra coisa é o número de centros. Não tivemos aumento de nenhum Centro Especializado de 2014 até agora. Nós somos, as mulheres, 52% da população no DF.
Como está essa disputa pela imagem do Lula no horário eleitoral?
Leandro Grass é o candidato a governador de Lula. Certamente temos apoio de outras candidaturas que são muito bem-vindas e precisamos desse apoio. A expectativa é de que possamos ter no DF experiências exitosas nessa relação, porque o presidente Lula vai ganhar a eleição, e vai ganhar no primeiro turno. No DF, teremos oportunidade nessa relação direta de trazer e avançar as políticas. É uma interlocução importante da federação.
Leandro Grass ainda é o quarto colocado. Como se faz para tentar virar esse jogo?
Nossa candidatura é uma do campo mais popular. Entretanto, não tenho dúvida de que vamos virar, porque temos o melhor programa, temos um candidato que tem um mandato de deputado distrital que foi extremamente exitoso. À medida que a população for conhecendo o Leandro, eu não tenho dúvidas de que a comunidade vai se encantando, porque é isso que temos testemunhado em todos os movimentos que estamos fazendo, nas visitas, nos debates, ele tem demonstrado o quanto está preparado. É um jovem preparado para governar o DF. Durante o mandato como deputado distrital, foi conhecendo a realidade do DF, sabe de canto a canto, nas diferentes áreas: saúde, trabalho, transporte, assistência social. Foi um dos principais parlamentares na fiscalização do governo de Ibaneis (MDB). (…) O que precisamos é que a comunidade o conheça. Penso que agora, onde começamos o período eleitoral, isso se dará de forma contundente.
__
Com informações do Correio Braziliense